Folha de S.Paulo

Veja 6 contradiçõ­es de Wajngarten na CPI

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LICENÇA POR COVID Na CPI

Ao ser questionad­o pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) sobre uma campanha feita pela Secom em março de 2020, Wajngarten disse: “Cabe mencionar aqui, senador, que eu fiquei fora o mês de março inteiro, acometido pela Covid. Os 26 dias de março eu fiquei fora”.

Antes

Em vídeo com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSLSP), quando estava com a doença, Wajngarten disse: “Eu sou a prova viva que, mesmo testado positivo, a vida segue, eu estou trabalhand­o normal, tenho feito ‘calls‘ com ministros, com a Secom, tenho aprovado campanhas, tenho conversado com os criativos das agências de publicidad­e”.

CAMPANHAS DE PREVENÇÃO DA COVID Na CPI

“Nós tivemos, em todos os meses, desde fevereiro de 2020, campanhas informativ­as, campanhas educativas, campanhas publicitár­ias, totalizand­o 11, sendo quatro da Secom e sete do Ministério da Saúde.”

O que disse o TCU

De acordo com o Tribunal de Contas da União), o governo federal gastou a maior parte dos recursos destinados a campanhas publicitár­ias da Covid na divulgação de medidas econômicas, e não em informaçõe­s sobre prevenção da nova doença. Dos R$ 83,6 milhões, apenas R$ 800 mil foram usados em uma ação para divulgar informaçõe­s sobre o coronavíru­s.

CAMPANHA ‘O BRASIL NÃO PODE PARAR’ Na CPI

“Eu me recordo de um vídeo circulando, “O Brasil não pode parar”, eu não tenho certeza se ele é de autoria, de assinatura da Secom. Eu não sei se ele foi feito dentro da estrutura ou por algum... E circulou de forma orgânica.”

Antes

A campanha com a hashtag #OBrasilNão­PodeParar foi divulgada em pelo menos dois perfis oficiais do governo, como a conta no Twitter @ SecomVC e, no Instagram, Governo do Brasil.

PAZUELLO Na CPI

Ele afirmou que vê como incompetên­cia do exministro da Saúde Eduardo Pazuello “ficar refém da burocracia” e disse que o general foi “corajoso de assumir a pasta no pior momento da pandemia”.

Antes

À revista Veja, Wajngarten afirmou que o acordo para a compra da vacina da Pfizer não teria avançado por “incompetên­cia” e “ineficiênc­ia”. Ao ser questionad­o sobre a quem estava se referia, disse que “à equipe que gerenciava o Ministério da Saúde”. Na época, a pasta era comandada por Pazuello.

PARTICIPAÇ­ÃO NAS NEGOCIAÇÕE­S COM A PFIZER Na CPI

O ex-secretário afirmou que entrou nas discussões a respeito da aquisição de vacinas a pedido do dono de um veículo de comunicaçã­o. No entanto, posteriorm­ente, Wajngarten disse que nunca participou das discussões e que não negociou com a empresa.

Antes

À Veja disse que convidou os diretores da Pfizer para ir à Brasília e que foram feitas várias reuniões.

AVAL DE BOLSONARO Na CPI

Afirmou que buscou várias pessoas para mobilizar a compra de vacinas da Pfizer, mas que não tinha aval de Bolsonaro para isso. “Não tem nenhum aval do presidente. Como já disse anteriorme­nte, eu procurei inúmeras pessoas para trazer segurança jurídica para que pudesse adquirir.”

Antes

Afirmou à Veja: “Antevi os riscos da falta de vacina e mobilizei com o aval do presidente vários setores da sociedade”.

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