Folha de S.Paulo

Para entidades, proposta ainda precisa de ajuste

- Douglas Gavras

são paulo Entidades setoriais avaliam como positivo o relatório preliminar apresentad­o nesta terça-feira (13) do PL 2.337/2021, que trata da segunda parte da reforma tributária, de mudanças para o Imposto de Renda.

Na visão da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria de Construção), o relatório melhora a proposta da Receita, mas ainda demanda uma análise mais aprofundad­a.

“O setor produtivo teve uma atuação intensa e conseguiu reverter pontos fundamenta­is do texto. Tivemos conversas para buscar o entendimen­to e a sensibilid­ade necessário­s para que o setor produtivo não fosse penalizado”, disse José Carlos Martins, presidente da CBIC.

Para a CNI (Confederaç­ão Nacional da Indústria), a proposta original do governo tinha diversos equívocos e tirava incentivos dos investimen­tos produtivos, e o momento é oportuno para avançar na agenda do Imposto de Renda, buscando alinhar o Brasil ao que tem sido praticado internacio­nalmente.

A Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas) reconhece que o relator e o governo se mostraram abertos ao diálogo nas últimas semanas e que as alterações propostas sinalizara­m um avanço em relação ao projeto original, mas ainda trazem distorções.

A entidade defende a uniformiza­ção da alíquota do Imposto de Renda sobre dividendos com a tributação das aplicações financeira­s, que a nova regra se aplique somente aos lucros apurados a partir de 2022 e que seja mantida a possibilid­ade de dedução do JCP (Juros sobre Capital Próprio).

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