Folha de S.Paulo

Governo de cariocas veta empresas no Rio, critica Paes

- Catia Seabra e Nicola Pamplona

rio de janeiro Os vetos de Jair Bolsonaro ao projeto de lei de privatizaç­ão da Eletrobras provocaram reações negativas entre trabalhado­res da companhia e autoridade­s do Rio, por abrirem a possibilid­ade de fechamento ou transferên­cia de subsidiári­as da estatal.

Segundo os sindicatos, a Eletrobras tem 5.000 empregados diretos no Rio, que sedia a holding e outras três subsidiári­as: Furnas, Eletronucl­ear e Cepel, o centro de pesquisas em eficiência energética.

Um dos artigos vetados por Bolsonaro proibia a extinção, a fusão e a mudança de domicílio estadual, por dez anos, de subsidiári­as da Eletrobras. O governo alega que a proibição restringir­ia a gestão da empresa após a perda do controle estatal.

“Vamos tentar reverter”, disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD). “Veja você: todos os deputados do Brasil inteiro exigem que [as empresas] fiquem no Rio, e o governo de cariocas veta. É inacreditá­vel”, completou Paes, referindo-se ao fato de o domicílio eleitoral de Bolsonaro estar no Rio.

Presidente da Assembleia do Rio, o deputado estadual André Ceciliano (PT) recomendou, em tom de cobrança, que a pergunta fosse encaminhad­a ao governador Cláudio Castro (PL), afilhado político de Bolsonaro. Procurado, o governo do Rio não havia se manifestad­o até a noite desta terça-feira (13).

“Com a palavra, o excelentís­ismo governador Cláudio Castro, aliado de Bolsonaro”, ironizou Ceciliano.

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