Mortalidade por Covid caiu 46% em São Paulo com avanço da vacinação, diz Doria
são paulo O governador João Doria (PSDB) afirmou que a mortalidade por Covid-19 em pessoas internadas caiu 46% em São Paulo após o avanço da vacinação no estado.
Em março, no auge da pandemia em SP, 35% das pessoas que eram internadas pela doença morreram. Em junho, a proporção caiu para 19%.
“A queda de mortalidade, que foi de 46%, é resultado dos altos índices de cobertura vacinal. Por isso, defendemos, vacinar é a melhor forma de preservar vidas”, disse o governador em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (14).
Além da queda na mortalidade, também houve redução de 44% nas internações no estado. Segundo Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde, há diminuição de internados tanto em leitos de UTI como nas enfermarias. “Estamos internando pessoas com quadro de saúde menos grave e, com isso, fazendo com que o impacto seja reduzido.”
Nesta quarta, 64,9% dos leitos de UTI do estado estavam ocupados. Na Grande São Paulo, o índice é de 60,2%.
A média móvel de novos casos em São Paulo caiu 10,7% nos últimos sete dias, na quarta semana consecutiva de queda. O número de internações também teve redução de 14%, a quinta semana seguida de diminuição. O número de óbitos no estado caiu 26,1% e segue em redução há um mês.
Atualmente, 62% da população adulta paulista já recebeu ao menos uma dose da vacina. Segundo Doria, nesta quinta (15), o estado deve chegar a 30 milhões de doses aplicadas.
Os dados do Vacinômetro mostram que 16,4% da população adulta está com o esquema vacinal completo, ou seja, já recebeu as doses necessárias. Na faixa etária acima dos 90 anos, 95% tomou as duas doses. A cobertura é de 100% no público de 70 a 89 anos.
Doria mais uma vez ressaltou as antecipações do calendário de vacinação. A previsão é de que todos os maiores de 18 anos terão recebido a primeira dose até 20 de agosto.
A previsão, no entanto, causa preocupação à Prefeitura de São Paulo, que registra postos de vacinação com falta de imunizantes. Na segunda, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pediu o envio de mais doses.
Gorinchteyn negou que o envio das vacinas esteja em descompasso com o calendário. Segundo ele, o que pode ocorrer são problemas operacionais pelo tamanho da cidade.
Regiane de Paula, coordenadora do Plano Estadual de Imunização, disse que o estado não pretende, neste momento, reduzir o intervalo de aplicação das doses da vacina AstraZeneca.