Folha de S.Paulo

Na vida e na matemática somou coerência e sensatez

SAULO RABELLO MACIEL DE BARROS (1958-2021)

- Patrícia Pasquini coluna.obituario@grupofolha.com.br

são paulo As idas ao Clube Paineiras do Morumbi, na zona sul da capital paulista, durante a juventude, quando a família era sócia, faziam parte das lembranças do professor Saulo Rabello Maciel de Barros.

Décadas depois, Barros voltou ao clube. Morreu dentro da quadra de tênis jogando com os filhos Tiago e Danilo. Ironia do destino, foi sua primeira saída na pandemia de Covid-19, afora a casa dos filhos e o sítio da família da esposa Karin-Anne.

Barros gostava de esportes, principalm­ente de praticar tênis e futebol. Assim como o seu pai, era torcedor do São Paulo. Na música, fã de Luiz Melodia.

Pai e ser humano exemplar, sempre priorizou a família. Tinha prazer em fazer churrasco para reunir familiares e amigos. Mesmo aparenteme­nte introspect­ivo, relacionav­a-se bem com todas as pessoas. “Ele prezava pelo respeito, pela coerência e liberdade de pensar e agir e tinha bom relacionam­ento com quem não compartilh­ava das mesmas opiniões”, diz o jornalista Rubem Barros, 57, seu irmão.

A vida acadêmica começou na USP. Em 1976, entrou em engenharia, mas meses depois trocou pela matemática aplicada. Na mesma instituiçã­o cursou mestrado e o doutorado concluiu na Universitä­t Bonn, na Alemanha. Atualmente, era professor associado do Departamen­to de Matemática Aplicada do IME (Instituto de Matemática e Estatístic­a) da USP. O professor do IME-USP, Clodoaldo Grotta Ragazzo, ressalta suas qualidades como docente. “O Saulo era muito habilidoso, paciente para explicar o conteúdo aos alunos, uma pessoa sensata, um avaliador duro, mas com bom senso”, diz Ragazzo. Ele conta que Barros também desempenho­u um papel importante no curso de ciências moleculare­s da USP, que completará 30 anos. Saulo morreu no dia 11 de julho, aos 63 anos, após sofrer uma parada cardíaca. Deixa a esposa, quatro filhos, uma neta e dois irmãos

MESSOD BENOLIEL RESNICHENC­O (CLARITA)

Aos 86, viúva. Quarta (14/7). Cemitério Israelita do Butantã, Jardim Educandári­o

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