Projeto que torna praça do Pôr do Sol em parque passa em 1ª votação
são paulo A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (14), em primeira votação, a transformação da praça do Pôr do Sol, na zona oeste da capital paulista, em parque municipal.
O projeto, de autoria do vereador Xexéu Tripoli (PSDB), tem como objetivo que o espaço no Alto de Pinheiros ganhe melhor infraestrutura, ao passar a ser administrado pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente e não mais pela subprefeitura da região.
O projeto ainda precisa passar por uma segunda votação e, em caso de aprovação, ser sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).
O espaço está no centro de uma polêmica, após ser cercado para atender a pleito de moradores da região. No mês passado, a prefeitura concluiu o gradeamento do local.
“A área será qualificada, se tornando um equipamento público de referência em atividades de preservação do meio ambiente, educação ambiental, atividade física e esportiva, espaço de lazer para animais domésticos, e sanitários e bebedouro para os usuários”, diz nota enviada pela assessoria do vereador.
Segundo o político, a mudança de status permitirá a instalação de mais equipamentos para atividade física, lazer e cultura.
“Nós já temos aqui na capital um bom exemplo de transformação deste tipo. O Parque Buenos Aires, em Higienópolis, anteriormente era uma praça e se tornou um equipamento muito mais atrativo. Assim será com o Parque Pôr do Sol”, disse Tripoli em nota.
A praça, oficialmente batizada de Coronel Custódio Fernandes Pinheiro, foi fechada em abril de 2020 para evitar aglomerações na pandemia de Covid. Neste ano, o local foi cercado.
A prefeitura afirmou à reportagem, ainda no final de janeiro, que a Subprefeitura de Pinheiros fechou com alambrados a área a pedido da associação de moradores do Alto de Pinheiros e a dos de City Boaçava, e que o custo total obra foi de R$ 652.953,78.
O fechamento da praça gerou críticas e protestos.
“A cidade de São Paulo vive novo episódio de um urbanismo excludente, de um urbanismo que não considera que o espaço público é um espaço de todos”, disse a urbanista Raquel Rolnik, uma das vozes críticas à medida, em vídeo publicado neste ano.