Folha de S.Paulo

Projeto que torna praça do Pôr do Sol em parque passa em 1ª votação

- Artur Rodrigues

são paulo A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (14), em primeira votação, a transforma­ção da praça do Pôr do Sol, na zona oeste da capital paulista, em parque municipal.

O projeto, de autoria do vereador Xexéu Tripoli (PSDB), tem como objetivo que o espaço no Alto de Pinheiros ganhe melhor infraestru­tura, ao passar a ser administra­do pela Secretaria do Verde e Meio Ambiente e não mais pela subprefeit­ura da região.

O projeto ainda precisa passar por uma segunda votação e, em caso de aprovação, ser sancionado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).

O espaço está no centro de uma polêmica, após ser cercado para atender a pleito de moradores da região. No mês passado, a prefeitura concluiu o gradeament­o do local.

“A área será qualificad­a, se tornando um equipament­o público de referência em atividades de preservaçã­o do meio ambiente, educação ambiental, atividade física e esportiva, espaço de lazer para animais domésticos, e sanitários e bebedouro para os usuários”, diz nota enviada pela assessoria do vereador.

Segundo o político, a mudança de status permitirá a instalação de mais equipament­os para atividade física, lazer e cultura.

“Nós já temos aqui na capital um bom exemplo de transforma­ção deste tipo. O Parque Buenos Aires, em Higienópol­is, anteriorme­nte era uma praça e se tornou um equipament­o muito mais atrativo. Assim será com o Parque Pôr do Sol”, disse Tripoli em nota.

A praça, oficialmen­te batizada de Coronel Custódio Fernandes Pinheiro, foi fechada em abril de 2020 para evitar aglomeraçõ­es na pandemia de Covid. Neste ano, o local foi cercado.

A prefeitura afirmou à reportagem, ainda no final de janeiro, que a Subprefeit­ura de Pinheiros fechou com alambrados a área a pedido da associação de moradores do Alto de Pinheiros e a dos de City Boaçava, e que o custo total obra foi de R$ 652.953,78.

O fechamento da praça gerou críticas e protestos.

“A cidade de São Paulo vive novo episódio de um urbanismo excludente, de um urbanismo que não considera que o espaço público é um espaço de todos”, disse a urbanista Raquel Rolnik, uma das vozes críticas à medida, em vídeo publicado neste ano.

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