SP prepara eventos-teste presenciais com shows e Oktoberfest

são paulo Uma lista com 30 eventos presenciais, entre shows, feiras, convenções e programação esportiva, foi apresentada na semana passada pelo governador de São Paulo, João Doria, do PSDB. Eles estão previstos para serem realizados na capital e no interior à medida em que a vacinação avança no estado.

Na mesma ocasião em que anunciou uma nova flexibilização do Plano São Paulo —plano de quarentena que agora permite estabelecimentos funcionando até as 23h e com 60% de sua capacidade—, o governo mostrou um calendário de eventos-modelo que serão tocados pela iniciativa privada e servirão como uma espécie de transição para agendas de grande porte na cultura e em outros setores

Encarados como testes, os eventos presenciais devem começar já no sábado, 17, com um casamento na Baixada Santista. Ainda há uma feira de negócios programada para Santos, no litoral do estado, no dia 21 de julho, chamada Expo Retomada. Na capital, o primeiro evento deve ocorrer apenas em agosto.

Aparecem na agenda de São Paulo, por exemplo, quatro shows no estádio Allianz Parque, uma apresentação com orquestra, uma feira de economia criativa no Memorial da América Latina, a Campus Party e a SP-Arte —que, diz sua organização, ainda deve ocorrer de forma híbrida.

Apesar de não estarem confirmadas, embora já tenham datas, também estão previstas a versão paulistana dwa Oktoberfest e o evento geek Comic Con Experience, a CCXP, mais para o fim do ano. A tradicional festa alemã deve começar em novembro, e não em outubro, como de costume.

Eventos esportivos e jantares comemorativos também estão previstos no calendário.

Mesmo sem datas confirmadas, também foram anunciados eventos noturnos em São Paulo. Essas programações abraçarão os gêneros eletrônico, funk, sertanejo e pop rock. O governo não confirmou, porém, se serão permitidas baladas ou apenas apresentações musicais que entrarão noite adentro —essas estão permitidas na atual fase do Plano SP, mas somente até as 23h por enquanto.

Só poderá pisar nesses eventos presenciais quem estiver vacinado contra a Covid-19 com todas as doses e receber um resultado negativo em exame para detecção do vírus.

Outras medidas de segurança, como o uso obrigatório de máscaras, também continuarão de pé. O público também será monitorado após o evento, nos moldes de iniciativas semelhantes vistas recentemente em diferentes países, como Inglaterra e Espanha.

A proposta do governo paulista vem na esteira do avanço do plano de vacinação na capital e no estado —no último domingo, dia 11, Doria antecipou mais uma vez o calendário de imunização.

Apesar do tom promissor do anúncio, São Paulo também detectou, no dia 5, a chegada da variante delta do coronavírus —ao menos 50% mais transmissível do que as anteriores. Infectologistas também dizem que ainda não é hora de sair de casa ou aglomerar. Apesar da curva decrescente, a média móvel de mortes diárias por causa da Covid-19 no Brasil segue acima de 1.200.