Folha de S.Paulo

Violência perde força, mas saldo de mortes no país sobe para 117

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Embora os episódios de violência na África do Sul pareçam estar diminuindo, o saldo nesta quinta (15), sétimo dia de tensões nas principais cidades do país, levou o total de mortos a 117, além de 2.203 presos e mais de 10 mil soldados nas ruas, incluindo reservista­s convocados para ajudar a restaurar a ordem.

sassinatos, e perdemos muitos de nossos irmãos e pessoas que conhecemos em razão de violência”, afirma Cartman.

Seus integrante­s usam camisa polo branca com o logo do grupo e criaram um slogan que diz: nos recusamos a participar do vandalismo e defendemos nossa comunidade.

Eles dizem não usar armas, apenas apitos, e se apresentam como uma espécie de força auxiliar da polícia. “Trabalhamo­s lado a lado com a polícia, e tudo que fazemos informamos a eles”, afirma Cartman.

Na quarta-feira (14), receberam a deferência de uma visita da principal autoridade policial do país, o ministro Bheki Cele. Num reconhecim­ento tácito de que os policiais sozinhos não estão dando conta de controlar a situação, ele elogiou o trabalho dos Kasi Brothers e disse que são um exemplo para o país.

A onda de violência que tomou o país teve como estopim a prisão de Zuma, acusado de “desacato à Justiça”, por ter ignorado convocaçõe­s judiciais e faltado a audiências nos processos criminais a que responde. Presidente entre 2009 e 2018, Zuma, 79, é alvo de diversas denúncias de corrupção, mas ainda mantém popularida­de alta, especialme­nte entre seguidores de sua etnia, a zulu, a mais numerosa do país.

Assim, a prisão dele, no último dia 7, desatou protestos de apoiadores, que rapidament­e viraram um pretexto para atos de puro vandalismo. A violência se concentra nas províncias de Gauteng, centro econômico e político

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