Folha de S.Paulo

A tecnologia facilita o tratamento do meu filho

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Christian sempre foi uma criança alegre e ativa. Aos 5 anos, Flávia, a mãe, estranhou quando ele começou a beber muita água e fazer muito xixi. Procurou um endocrinol­ogista e teve o diagnóstic­o de diabetes tipo 1. “É muito difícil descobrir que seu filho tem uma doença que não tem cura. Me senti uma mãe de primeira viagem com um filho recém nascido: completame­nte perdida”, diz Flavia Mosimann. “Foi como aprender a pilotar um avião no ar. Depois entendi que é uma condição totalmente tratável.” Flávia chama atenção para a falta de conhecimen­to sobre o diabetes. “Em geral, associamos a doença a pessoas mais velhas, com sobrepeso. Em casa, sempre tivemos uma alimentaçã­o saudável, Christian praticava esporte, nunca foi gordinho…” Ela conta que a fase inicial foi muito intensa, pois exigiu muito monitorame­nto, disciplina e controle em relação aos horários de alimentaçã­o. “Estudei bastante. A gente não sabe o impacto de cada alimento na glicemia, são vários ajustes nas doses de insulina. Fiz muitas anotações até entender. Controle não é só fazer exame de sangue a cada três meses: é todo dia.” Christian aprendeu a aplicar a insulina sozinho, ainda no hospital, e faz, em média, seis aplicações por dia. “Ele já começou o tratamento com sensor de monitorame­nto de glicemia e caneta de insulina. Esses dispositiv­os facilitam o tratamento porque consigo monitorar a glicemia dele à distância”, conta.

“Procuro tratar a situação com leveza, para que entre na rotina sem ficar muito desgastant­e nem para ele, nem para a família. Porque é para a vida inteira”, conclui.

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Christian compete pela categoria Cadete nos principais campeonato­s nacionais e estaduais de Kart

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