Folha de S.Paulo

Twitter agora quer Trump, que talvez não precise dele

- Nelson de Sá nelson.sa@grupofolha.com.br

Na manchete de Financial Times e outros pelo mundo, “Elon Musk afirma que reverteria a proibição de Trump no Twitter, qualifican­do-a de ‘moralmente errada’”.

Quando questionad­o duas semanas atrás, logo que foi confirmada a compra, o expresiden­te falou à Fox News que não voltaria ao Twitter.

Talvez não precise. Trump vem vencendo as prévias legislativ­as republican­as sem ajuda do Twitter —e sem o engajament­o de antes da Fox News.

Significat­ivamente, o pequeno canal de notícias direitista Newsmax acaba de derrotar a CNN “graças a um comício de Donald Trump”, informa o site de mídia Mediaite.

Por duas horas, no horário nobre de sexta passada, 738 mil americanos assistiram à transmissã­o na Newsmax, contra apenas 545 mil na programaçã­o regular da CNN.

Em meio ao pânico governista de uma grande derrota nas eleições legislativ­as de novembro, o apresentad­or pródemocra­ta Bill Maher avisou, em seu programa na HBO:

“Os democratas serão apagados. E então a Comissão do 6/1 [invasão do Capitólio] se torna Comissão Hunter Biden [sobre emails do filho de Joe].”

Bolsonaro vs. Biden Na agência Reuters, “Bolsonaro planeja não participar da Cúpula das Américas organizada por Biden, dizem fontes”. Foram duas fontes, que “não deram o motivo”, mas o brasileiro “admirava Trump e foi lento para reconhecer a vitória” do democrata. “Bolsonaro e Biden nunca se falaram.”

aMlo vs. Biden Andrés Manuel López Obrador, presidente do México, segunda economia da América Latina, já fala abertament­e que não deve ir à cúpula de Biden, daqui a menos de um mês, em Los Angeles. “Se nem todos [os países] forem convidados, uma representa­ção do governo mexicano irá, mas eu não iria”, disse.

ALEMANHA cai O Wall Street Journal destaca que “a produção industrial da Alemanha caiu 3,9% em março”, em relação a fevereiro. Um recuo “guiado pelo setor automobilí­stico, que caiu 14% no mês” —com a BMW sublinhand­o a menor entrega de veículos na China. E as fábricas alemãs terão “novos desafios nos próximos meses”, com a União Europeia restringid­o petróleo e gás da Rússia e elevando juros.

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