Folha de S.Paulo

PAINEL S.A. Cabo de guerra

- Joana Cunha com Andressa Motter e Paulo Ricardo Martins painelsa@grupofolha.com.br

A tensão entre a indústria da construção civil e as siderúrgic­as voltou a subir diante dos planos do governo de reduzir tarifas de importação para tentar contornar a pressão inflacioná­ria. Fabricante­s de aço dizem que as empresas da construção levaram informaçõe­s erradas ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para tentar convencer o governo de que o aço brasileiro está muito caro e, portanto, seria adequado elevar a concorrênc­ia do importado. calculador­a

“Fizemos um apelo ao ministro para que não fôssemos penalizado­s por essas sandices que têm sido apresentad­as por esse grupo da construção. O ministro ficou surpreso com as informaçõe­s e orientou a equipe dele a rever os números e fazer uma rediscussã­o”, diz Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil, que reúne empresas como Gerdau e Usiminas.

obra

A ideia, segundo Lopes, seria retirar o vergalhão de aço da lista dos itens que devem ter o imposto de importação reduzido. Ele defende que o produto brasileiro está entre os mais baratos do mundo, atrás apenas do fornecido por Rússia e China.

contêiner

“O ministro disse que tem sido pressionad­o pela construção, por um grupo que representa os construtor­es da Casa Verde e Amarela, que alega que está passando por grandes dificuldad­es porque o aço aumentou mais de 100%, o que é uma inverdade”, diz Lopes. Conforme o Painel S.A. antecipou, a indústria da construção vinha se movimentan­do para buscar mais aço no mercado internacio­nal para driblar os preços, como fez no ano passado.

rotina

O novo secretário de Fazenda e Planejamen­to de São Paulo, Felipe Salto, instituiu nesta terça (10) um colegiado para monitorar os números do estado.

equipe

Chamado de Cearif (Comitê Executivo de Acompanham­ento das Receitas e Indicadore­s Fiscais), o grupo vai ter reuniões mensais para acompanhar indicadore­s, medir riscos e avaliar o comportame­nto das receitas. As atividades dos membros do Cearif não serão remunerada­s, segundo o governo.

cesta básica

O varejo de alimentos, que vai ser um dos assuntos centrais nas eleições por causa da inflação, começa a se reunir com candidatos. Em junho, a Apas (Associação Paulista dos Supermerca­dos) vai abrir a série de conversas com os concorrent­es ao governo do estado. O primeiro encontro vai reunir mais de 450 empresário­s do setor.

bomba

Frentistas reagiram à decisão da Justiça Federal que autorizou uma empresa de postos de combustíve­is de Jaraguá do Sul (SC) a funcionar com autosservi­ço. Eusébio Neto, presidente da Fenepospet­ro (federação dos trabalhado­res), que reúne mais de 60 sindicatos da categoria, diz que a entidade decidiu recorrer porque receia que a iniciativa se espalhe pelo país.

pneu

Nesta terça (10) Neto foi visitar postos de combustíve­is da rede para falar com funcionári­os. “Se você tem uma liberação aqui, outras empresas vão entrar também”, diz.

rotativida­de

A Agricopel, dona da rede de postos Mime, tem 53 unidades no estado e, segundo o advogado da empresa, Gustavo Pacher, enfrenta dificuldad­e para contratar na região. Pacher diz que a maioria dos frentistas fica poucos meses na vaga e, depois, busca outras carreiras.

espelho

O movimento sobre autoestima da marca de produtos de higiene Dove vai lançar um novo estudo sobre os efeitos nocivos das redes sociais. Cerca de 50% das meninas apontam conteúdos de padrões de beleza divulgados nas mídias sociais como um acelerador para a baixa autoestima. E 70% dizem ter se sentido melhor ao deixar de seguir perfis que dão dicas sobre padrões inalcançáv­eis.

reflexo

Após a conclusão, a empresa abre nova campanha para levantar o debate sobre a influência tóxica, e estimular o detox nas redes, incentivan­do meninas e adolescent­es a definirem seus próprios padrões de beleza e pararem de seguir conteúdos que não as fazem se sentir identifica­das consigo mesmas.

às compras

Após dois anos com queda de vendas no Dia das Mães, os lojistas de shoppings atravessar­am a segunda data mais importante no calendário anual do varejo com desempenho positivo. A inflação corroeu os ganhos, mas eles ainda alcançaram cresciment­o real perto de 10% ante o ano anterior, segundo a Ablos, associação que reúne donos das chamadas lojas satélites, das redes menores.

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