Folha de S.Paulo

Foi intenso ao demonstrar sentimento­s e curtir hobbies

LUIS CARLOS DEMORI (1956-2022)

- Patrícia Pasquini coluna.obituario@grupofolha.com.br

SÃO PAULO Luis Carlos Demori foi intenso em todos os momentos de sua vida, desde os momentos de lazer até na hora de demonstrar seus sentimento­s. Assim, deixou marcas nas pessoas que passaram pelo seu caminho.

“Ele era apaixonado e compulsivo pelas coisas que fazia. Teve muitos hobbies. Na literatura teve fase de livros de faroeste, de ficção científica e de terror. Também foi aficionado por pescaria, filmes e jogos de cartas, bocha, dominó e sinuca. Ele era competitiv­o e sempre buscava a perfeição”, conta o jornalista e escritor, Leandro Demori, 41, seu filho.

Natural de Caxias do Sul (RS), Luis Carlos ou Liska, como o chamavam, era o mais novo entre quatro filhos de uma babá e faxineira, e de um caixeiro-viajante. Aos 13 anos, mudou-se para São José do Cedro, em Santa Catarina. Em meio a uma cidade sem estrutura, na época, começou a trabalhar como serralheir­o.

No mesmo local conheceu Lourdes Modanese, com quem se casou ainda jovem. O casal depois se mudou para São Miguel do Oeste (SC).

Ao lado da esposa, Liska cuidou da mãe e do irmão mais velho, que teve problemas de saúde permanente­s após um acidente com moto. Além disso, ainda abrigou em casa quatro sobrinhos.

Dono de uma serralheri­a, cursou apenas até o 5ª ano do atual ensino fundamenta­l. Mas sempre incentivou os filhos a estudarem —um se formou como jornalista, dois, como engenheiro­s.

Simples na forma de se vestir, fugia das formalidad­es e dos rituais. Direto e honesto, não era de amizade fácil.

Foi um homem corajoso e incentivou a mesma qualidade nos filhos. Dizia que gostava de pessoas destemidas.

Livre, fez tudo o que quis e nunca se lamentou pelas escolhas. Visitou cassinos em alguns países, um de seus sonhos, embora não tenha conseguido conhecer Las Vegas.

Luis Carlos Demori morreu dia 7 de maio, aos 65 anos, por complicaçõ­es de um linfoma. Deixa a esposa, três filhos, três noras e três netos.

7º DIA JOANA MARILENA FELIPE RODRIGUES DE SOUSA

Quinta (12/5) às 19h, Paróquia Nossa Senhora da Graças, Vila Califórnia, São Paulo (SP)

EM MEMóRIA ZILÁ DE OLIVEIRA

Quinta (12/5) às 17h30, Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, Centro, Curitiba (PR)

Procure o Serviço Funerário Municipal de São Paulo: tel. (11) 3396-3800 e central 156; prefeitura.sp.gov.br/servicofun­erario.

Anúncio pago na Folha: tel. (11) 3224-4000. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb. e dom.: 12h às 17h.

Aviso gratuito na seção: folha.com/mortes até as 18h para publicação no dia seguinte (19h de sexta para publicação aos domingos) ou pelo telefone (11) 3224-3305 das 16h às 18h em dias úteis. Informe um número de telefone para checagem das informaçõe­s.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil