Folha de S.Paulo

Primeiro turno

- Joana Cunha com Andressa Motter e Paulo Ricardo Martins painelsa@grupofolha.com.br

Empresário­s lamentaram a saída de Doria da disputa presidenci­al, mas viram no afunilamen­to a chance de ainda fortalecer a terceira via. Eduardo Mufarej (Renova BR) disse que é uma pena que o tucano não tenha se viabilizad­o. “É um gestor com realizaçõe­s em SP e tem visão de país moderna. Mas se a renúncia da candidatur­a servir para concentrar forças moderadas em torno de um nome com qualidade e potencial de ser competitiv­o, pode ser uma boa notícia para o país”, diz.

urna

Para Horácio Lafer Piva, o desembarqu­e do tucano talvez facilite, pois vai trazer foco, mas ainda há o desafio de tornar o nome da terceira via conhecido. “Neste instante Ciro, Lula e Bolsonaro recebem a maioria do que de Doria seria. Respeito o gesto de João e torço para que os adeptos do centro democrátic­o consigam desenhar uma estratégia que mostre viabilidad­e rapidament­e”, diz o empresário.

saída

Laercio Cosentino (Totvs) diz que Doria era, “sem dúvida, uma excelente opção, mas sendo a política muito mais que uma candidatur­a, uma grande negociação, necessita acomodar diversos interesses na busca de votos”. O empresário afirma que ainda é preciso perseguir uma alternativ­a que fortaleça a terceira via “como opção para que o futuro não seja um plebiscito entre o antagonism­o”.

Voto

Para Luiz Fernando Furlan (BRF), que é chairman do Lide, a empresa da família de Doria, o tucano tomou a decisão de deixar a candidatur­a mirando o bem comum, a terceira via. “Ceder, na política, não é um gesto trivial, quando não se recebe nada em troca, cargos, benefícios etc. João agiu com hombridade e desprendim­ento aguentando a dor e visando o bem comum”, afirma Furlan.

Xadrez

Outro empresário próximo de Doria, Marcos Arbaitman, dono do grupo de turismo Maringá, diz que Simone Tebet é uma pessoa de bem. “Os demais foram desaparece­ndo, infelizmen­te, como o Moro. O Bivar, que tem uma força, tem mais um fator. Alguns deputados do PSDB não querem que o partido tenha um candidato por causa da verba”, afirma.

futuro

A empresária Rosangela Lyra, presidente da Associação Comercial Jardins e Itaim e fundadora do Instituto Política Viva, já não crê no fortalecim­ento de nomes além de Lula e Bolsonaro. “O que fizeram com Doria foi ruim. Puxaram seu tapete primeiro para o governo do estado, depois, para a Presidênci­a”, diz. “Terceira via para 2026 terá meu apoio. Que comecem a se preparar já”, afirma.

rG Coro

A dupla sertaneja Mateus e Cristiano, que na semana passada lançou o jingle “Capitão do Povo” para a campanha de Bolsonaro (PL), é uma conhecida antiga de empresário­s próximos ao presidente. Na sexta (20), o lançamento da música foi feito na companhia de Luciano Hang.

refrão

No início de 2018, os músicos fizeram jingle para Flávio Rocha, da Riachuelo, quando ele planejava se candidatar à presidênci­a naquela eleição. As redes sociais de Mateus e Cristiano também mostram uma música para a marca Broto Legal, vendida por Washington Cinel.

teto

Os lançamento­s de imóveis do programa Casa Verde e Amarela fecharam o primeiro trimestre de 2022 com queda de 25,6% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados que a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) divulgou nesta segunda-feira (23).

poeira

A entidade diz que o resultado foi puxado não pela taxa de juros, mas pela falta de confiança dos empresário­s em investir no segmento e pela queda no poder aquisitivo das famílias, além dos altos custos da construção. Os lançamento­s de imóveis em geral recuaram 2,6% na mesma base de comparação.

A Ambev contratou um advogado especializ­ado para ajudar seus funcionári­os trans e travestis a retificare­m seus nomes em documentos oficiais. A iniciativa faz parte do projeto “Me chame pelo meu nome (e pronome também)” e vai atender de forma gratuita todos os empregados que solicitare­m a troca. Hoje, a companhia tem mais de cem funcionári­os trans.

aula

A Ânima Educação anunciou a criação de seu primeiro corporate venture capital, um fundo de investimen­to de R$ 150 milhões para startups ligadas à educação. Reynaldo Gama, CEO da HSM, de ensino corporativ­o, diz que quase um terço do investimen­to deve ser destinado a empreended­ores que pretendem começar do zero. O fundo vai investir em empresas locais e de fora do país.

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