Sinalização de Biden de reduzir tarifas para China traz otimismo, e dólar cai para R$ 4,81
O dólar recuou pela terceira sessão seguida ante o real nesta segunda-feira (23), marcada pelo bom humor dos investidores, com altas generalizadas nas Bolsas globais.
O sentimento de maior apetite por risco do mercado veio após comentários do presidente dos EUA, Joe Biden, de que estaria avaliando derrubar tarifas impostas pelo antecessor, Donald Trump, contra produtos chineses.
“O pronunciamento foi visto com bons olhos, uma vez que qualquer redução destas tarifas poderia ajudar no controle da inflação americana”, dizem os analistas da XP em relatório.
A persistente pressão inflacionária no país, e o risco de um aumento dos juros mais agressivo pelo Federal Reserve
(Fed, banco central dos EUA), foram os maiores responsáveis pelas quedas das Bolsas americanas na semana passada.
Com redução da aversão ao risco, o dólar comercial se desvalorizou 1,31% nesta segunda, cotado a R$ 4,8070 para venda.
A sessão foi de enfraquecimento do dólar em escala global —o índice DXY, que mede sua força contra uma cesta de moedas, recuou cerca de 1%.
Na Bolsa de Valores, o índice amplo Ibovespa operou em alta todo o pregão, para fechar com valorização de 1,71%, aos 110.345 pontos, impulsionado por ganhos expressivos de papéis de commodities e bancos.
Entre as ações de maior peso no mercado local, as ações ordinárias da Petrobras avançaram 3,69%, e as preferenciais, 3,93%. Os papéis da Vale tiveram apreciação de 2,04%.
Destaque para os papéis do BB (Banco do Brasil), que valorizaram 4,22%, e do Itaú, com alta de 2,59%. Já os do Bradesco subiram 1,63%, e os do Santander, 2,51%.
No mercado global, as Bolsas nos EUA também oscilaram no campo positivo, em uma sessão de ajustes, após terem reportado na sexta-feira (20) a sétima queda semanal em sequência, a pior desde 2001.
O S&P 500 fechou com ganhos de 1,86%, o Dow Jones subiu 1,98%, e o Nasdaq, com maior concentração de ações de tecnologia, avançou 1,59%.
O desempenho americano acompanhou o pregão positivo das Bolsas na Europa, com alta de 1,67% do FTSE-100, de Londres, e de 1,17%, do CAC40, de Paris. O DAX, de Frankfurt, avançou 1,38%.