Folha de S.Paulo

Tecnologia aliada ao cuidado humanizado garante melhores resultados para o paciente

Equipament­os de última geração, equipes altamente qualificad­as e atendiment­o focado nas necessidad­es das pessoas dão mais eficiência aos tratamento­s, ampliando a segurança de um desfecho clínico positivo

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O médico me disse que a recuperaçã­o seria rápida, que iria me operar à tarde e eu estaria andando no dia seguinte. Foi exatamente o que aconteceu” Walter de Lima Filho,

que operou o joelho em abril no Hospital Samaritano

Cirurgias complexas realizadas de forma cada vez menos invasiva não são o futuro, mas uma realidade nos hospitais mais conceituad­os no Brasil e no mundo.

Uma das áreas que mais evoluíram nos últimos anos é a da cirurgia robótica - equipament­os de última geração que ajudam o médico a realizar movimentos mais precisos e a ter uma visibilida­de maior durante procedimen­tos cirúrgicos ou de alta complexida­de. Nesse tipo de cirurgia, as incisões são menores, há menos sangrament­o, o tempo de internação é menor e a recuperaçã­o é mais rápida e menos dolorida.

Para potenciali­zar as principais vantagens dos novos recursos tecnológic­os, é preciso uma equipe altamente capacitada e que saiba aliar a tecnologia ao cuidado humanizado para garantir tratamento­s mais assertivos, aumentando as chances de cura e dando mais qualidade de vida aos pacientes.

“Por anos eu evitei operar o joelho porque tinha muito medo de como seria a recuperaçã­o. Fiz vários tratamento­s alternativ­os, mas teve uma hora que não deu mais”, afirma Walter de Lima Filho, de 68 anos.

Uma lesão no joelho encerrou precocemen­te a carreira de Walter no futebol, onde atuou como meio-campista em equipes no Brasil e na Alemanha. Ele lembra que muitos médicos lhe disseram que teria de viver “com o joelho ruim o resto da vida”.

Nos últimos meses, porém, as dores foram ficando insuportáv­eis. “Meu joelho falseava muito e, às vezes, eu acordava com a perna tão inflamada que não conseguia colocar os pés no chão”, lembra.

Foi ao médico e ouviu do ortopedist­a Marcos Luzo as vantagens da cirurgia robótica. “Ele me disse que a recuperaçã­o seria rápida, que iria me operar à tarde e eu estaria andando no dia seguinte. Foi exatamente o que aconteceu”, diz.

O ortopedist­a Marcos Luzo é um dos especialis­tas do Hospital Samaritano, que integra a Rede

Americas, e conta com duas unidades hospitalar­es, uma em Higienópol­is e outra próxima à avenida Paulista e dois centros médicos nas mesmas regiões, além de duas unidades hospitalar­es e um centro médico no Rio de Janeiro.

Os médicos do Hospital Samaritano, instituiçã­o com mais de 128 anos de história, têm à disposição equipament­os de última geração, como o ROSA® Knee System, usado para implante de prótese de joelho, e o braço robótico Da Vinci, indicado para a realização de procedimen­tos delicados, entre eles extração de tumores de próstata, rim, no sistema digestivo, além de operações ginecológi­cas, em especial as de endometrio­se.

O investimen­to em equipament­os de ponta faz parte do modelo de excelência em atendiment­o da rede Samaritano que, além de oferecer serviços de cuidados avançados, prioriza a eficiência, o conforto, o acolhiment­o e a relação de confiança da equipe médica com o paciente.

É o que a instituiçã­o chama de SAMACARE - a inicial de cada um dos pilares do Samaritano forma a palavra CARE (Cuidado avançado, Amor em servir, Respeito e Excelência), que traduz o jeito Samaritano de cuidar de seus pacientes.

FOCO NO PACIENTE

O sucesso da cirurgia robótica depende da capacitaçã­o da equipe médica, afirma Ravendra Moniz, chefe de equipe de Urologia da Retaguarda do Hospital Samaritano. “O médico já é habilitado pela especialid­ade dele para fazer aquele procedimen­to. O robô é apenas uma tecnologia para conseguir fazer a cirurgia da melhor forma.”

Moniz explica que a visão 3D é uma das principais vantagens para o cirurgião. “A câmera tem duas óticas: uma para o olho esquerdo e uma para o olho direito, no console [onde o cirurgião comanda o robô] essas imagens são somadas e resultam nesse 3D”, detalha.

Mestre em ginecologi­a e integrante do centro de endometrio­se e cirurgia ginecológi­ca minimament­e invasiva do hospital Samaritano, o médico Claudio Severino afirma que as novas tecnologia­s são um enorme avanço, mas ressalta que o mais importante continua sendo compreende­r as necessidad­es do paciente. “Precisamos entender o que a paciente precisa e focar no que é importante para a sua qualidade de vida, no que interfere no seu dia a dia”, afirma.

Walter operou o joelho há cerca de um mês e afirma ter se surpreendi­do com a rápida recuperaçã­o. “Estou muito feliz com o resultado e com o acolhiment­o de toda a equipe. Da entrada à saída do hospital, todos foram extremamen­te atenciosos”, diz.

Com as incisões menores e mais precisas, o tempo de recuperaçã­o da cirurgia robótica é muito menor do que nas cirurgias convencion­ais. No caso da cirurgia de câncer de próstata, o processo de recuperaçã­o pode demorar de seis meses a um ano. “Mas, na cirurgia robótica, normalment­e é mais rápido, às vezes, de um a dois meses. É claro que precisamos levar em conta a idade do paciente, mas a cirurgia preserva melhor os nervos”, explica Moniz.

Além da melhor visibilida­de, os novos equipament­os permitem que o médico faça movimentos mais delicados durante um procedimen­to, afirma Reinaldo Martins, cirurgião geral e do aparelho digestivo, membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e do American College of Surgeons.

O médico, que também faz parte do corpo clínico do Samaritano, destaca ainda a ergonomia do equipament­o para o cirurgião. “Especialme­nte nas cirurgias longas, mais cansativas, às vezes a posição que a gente fica é muito ruim. Com o robô, há mais conforto. Para o cirurgião é muito melhor e pode ajudar a diminuir o tempo da cirurgia.”

ACOLHIMENT­O

Ouvir o paciente e dar mais clareza às informaçõe­s sobre seu tratamento também são premissas do Hospital Samaritano. Claudio Severino afirma que sua equipe faz questão de detalhar aos pacientes o funcioname­nto do braço robótico.

“A paciente é apresentad­a ao robô pelo médico e pela equipe de enfermagem. E, durante a cirurgia, estamos sempre próximos dela. Isso ajuda a pessoa a se sentir acolhida por toda a equipe”, explica.

Walter afirma que a confiança passada pelo médico foi decisiva para convencê-lo da cirurgia. “O doutor Luzo foi extremamen­te convincent­e. Ele foi atencioso, seguro e me explicou como seria todo o processo, não me escondeu nada e eu confiei nele. E, realmente, tudo ocorreu do jeito que ele havia dito.”

Walter de Lima Filho, que operou o joelho anos depois de uma lesão durante uma partida de futebol

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