Folha de S.Paulo

Telemedici­na e rede de pacientes graves beneficiam hospitais públicos

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de dois hospitais privados, em São Paulo e Goiânia, o Einstein faz a gestão de três hospitais públicos - o Hospital Municipal Vila Santa Catarina, o Hospital Municipal M’Boi Mirim e, a partir de junho, o Hospital Municipal de Aparecida de Goiânia (HMAP) passa a integrar a rede. Somados, chegam a 140 leitos de UTI e 102 de semi-intensiva. Mas a telemedici­na permite estender a qualidade do Einstein para além desses leitos físicos.

A Tele-UTI do Einstein foi fundamenta­l na pandemia e agora segue auxiliando hospitais públicos a transforma­r a qualidade e os cuidados de pacientes críticos em larga escala no Brasil. A expectativ­a do Einstein é ter, até 2023, cerca de 800 leitos de Tele-UTI espalhados por hospitais da rede pública de todas as regiões do Brasil.

A iniciativa é realizada por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvi­mento Institucio­nal do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), que contou também com o projeto de pesquisa Telescope Trial, em que foram acompanhad­os 5.000 pacientes internados em UTIs de 30 hospitais públicos de todo o país, com visitas virtuais de médicos intensivis­tas que permitiram a disseminaç­ão de conhecimen­to.

“Em um país com as nossas dimensões, podemos até ter infraestru­tura física de UTI, mas a parte humana não é simples. É preciso dar suporte para os profission­ais que já estão nas localidade­s, e nossas iniciativa­s digitais, que já existem há mais de 10 anos, são fundamenta­is para isso”, diz Claudio Lottenberg.

Além da telemedici­na, a Rede Einstein de Pacientes Graves permite a todas as unidades hospitalar­es gerenciada­s pelo hospital manter um alinhament­o de padrões e governança clínica, por meio de uma plataforma única.

A rede foi estruturad­a um ano antes da pandemia e hoje possibilit­a o compartilh­amento de tecnologia­s, processos e procedimen­tos médicos. “Temos metas conjuntas para todas as unidades geridas pelo Einstein, tanto públicas quanto privadas. Podemos atuar praticamen­te como uma UTI única”, diz Sidney Klajner.

“Criamos um ecossistem­a para que nosso padrão de qualidade pudesse estar presente e disponível em todas as UTIs do sistema, especialme­nte agora com a expansão para Goiânia e Aparecida de Goiânia”, afirma Leonardo Ferraz.

“Com a rede e a telemedici­na, teremos a excelência de intensivis­tas de São Paulo e Goiânia juntos no atendiment­o”, afirma Guilherme Schettino. “Isso vai nos ajudar a prover saúde de qualidade e tecnologia para a população de Aparecida de Goiânia em um hospital público.”

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Divulgação
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Fábio H. Mendes/E6/Divulgação AVANÇOS NA PANDEMIA Transporte de paciente em ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpó­rea), na unidade Morumbi, durante a pandemia

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