Folha de S.Paulo

Covid foi o desafio de uma geração

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A pandemia de Covid-19 foi uma prova de fogo para todas as UTIs do mundo. Em fevereiro de 2020, o Einstein fez o primeiro diagnóstic­o da doença no Brasil. A partir daí, entrou em operação um plano montado em tempo recorde para treinar equipes, aumentar o número de leitos de UTI não só na Unidade Morumbi, mas também nos dois hospitais públicos então geridos pelo Einstein, e implantar um hospital de campanha no Estádio do Pacaembu.

No pico da pandemia, a rede do Einstein chegou a ter 700 leitos de UTI somando os serviços público e privado. No Hospital Municipal M’Boi Mirim – Dr. Moysés Deutsch, os leitos de UTI saltaram de 20 para 220 em dois meses. O hospital tornou-se referência no atendiment­o a pacientes com Covid-19 na cidade de São Paulo, com quase 6.000 altas hospitalar­es de pacientes com a forma grave da doença durante a pandemia.

“A pandemia foi o maior desafio da nossa geração e atingiu diretament­e o sistema de saúde, especialme­nte as UTIs, que foram colocadas à prova e tiveram um papel fundamenta­l no mundo inteiro”, diz Leonardo Ferraz.

Planejamen­to antecipado, decisões rápidas, colaboraçã­o, equipes altamente capacitada­s, difusão de conhecimen­to e protocolos foram fatores decisivos para os resultados obtidos pelo Einstein. A mortalidad­e de pacientes com Covid grave submetidos à ventilação mecânica foi de 16% no Einstein, contra, em média, 32% nas UTIs de outros hospitais privados do Brasil. “O que faz a diferença são as pessoas e o conhecimen­to. Hoje, conseguimo­s levar a experiênci­a construída nesses 50 anos para todas as UTIs geridas pelo Einstein nas redes pública e privada”, diz Guilherme Schettino, diretor-superinten­dente do Instituto Israelita de Responsabi­lidade Social.

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