Folha de S.Paulo

PAINEl S.A. Turbulênci­a

- Joana Cunha painelsa@grupofolha.com.br com Andressa Motter, Paulo Ricardo Martins e Nina de Castro

Companhias aéreas estudam entrar na Justiça para contestar a taxa de poluição que será cobrada a partir de 2023 dos aviões que pousam e decolam no aeroporto internacio­nal de Guarulhos, segundo Dany Oliveira, diretor-geral da Iata (Associação Internacio­nal de Transporte Aéreo) no Brasil. Aprovada na semana passada, a chamada TAP (Taxa de Preservaçã­o Ambiental) visa mitigar os impactos da poluição atmosféric­a e do barulho das turbinas, segundo a prefeitura.

TONELADA

A taxa incide sobre o peso total da aeronave aferido antes da decolagem. O setor vem criticando a medida e já divulgou manifestaç­ão contrária. “Este projeto de lei é um retrocesso para a aviação brasileira que está em um momento de recuperaçã­o após grande queda durante a pandemia”, afirma Oliveira.

MATEMÁTICA

Ele diz que a cobrança da TAP poderia gerar um custo anual de, pelo menos, R$ 185 milhões para as companhias áreas, consideran­do uma média de 140 mil decolagens por ano em 2019, e cerca de 80 toneladas por voo doméstico e 200 toneladas por voo internacio­nal.

PASSAGEM

No atual cenário de recuperaçã­o do setor, somado à disparada no valor dos combustíve­is, Oliveira avalia que as companhias aéreas não conseguiri­am absorver a nova cobrança. A TAP também chega no momento em que o governo discute mudanças na política de despacho de bagagem, criticada pelo setor.

CALENDÁRIO

Após a falta de quórum na CCJ, que barrou a tentativa de votação da PEC 110 da reforma tributária nesta terça (31), o assunto não deve voltar à pauta neste ano, segundo pessoas que acompanham a tramitação no Senado.

PLACAR

O desfecho foi visto como a comprovaçã­o de que um tema desse porte não consegue avançar em ano eleitoral. Foi visto também como derrota de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, e Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da CCJ.

ÚLTIMA HORA

Perto do fim do prazo para enviar a documentaç­ão, a pergunta “como declarar Imposto de Renda” disparou nas medições do Google Trends. O questionam­ento liderou as buscas dos brasileiro­s na internet no dia, seguido por dúvidas como “o que é imposto de renda?”.

CORRIDA

No último dia, a questão “até que horas pode declarar o imposto de renda?” cresceu 250%, diz a plataforma. O interesse por “Imposto de Renda” também subiu 60% na última semana em relação a igual período anterior.

PULSO

Assim como aconteceu um salto na demanda por barcos e carros de luxo na pandemia, a busca por relógios Rolex fez crescer a espera por um modelo da marca na loja. Procurada para falar sobre a fila, a Rolex não comenta. O aqueciment­o chegou ao mercado de itens de luxo de segunda mão. De acordo com Nelson Barros, do site Etiqueta Única, a oferta do produto no brechó de luxo cresceu.

MECANISMO

E a rotativida­de está alta. Barros diz que os modelos esportivos e os feitos com aço tendem a circular mais no mercado de segunda mão, mantendo os preços valorizado­s. Relógios mais raros, como o Cosmograph Daytona, também estão mais caros.

PONTEIRO

No brechó de luxo, os valores têm variado de R$ 10 mil a R$ 200 mil. “Os preços subiram nos últimos anos por causa da oferta e da demanda na pandemia. Além disso, houve uma diminuição na escala de produção da Rolex e alta do dólar”, diz Barros.

JORNADA

Mais de 60% das diaristas foram demitidas na pandemia, segundo levantamen­to feito pela Plano CDE para a marca de produtos de limpeza Veja. Entre as entrevista­das, 20% afirmam que, antes de perder o emprego, também tiveram desconto no salário. O patamar é semelhante entre as mensalista­s.

EM CASA

Os patrões de cerca de 60% pechinchar­am o salário, e a maior parte delas já realizou atividades que não eram de sua responsabi­lidade, mostra a pesquisa. Metade das trabalhado­ras domésticas desconhece­m organizaçõ­es sindicais ou programas relacionad­os à categoria.

CORPO

A companhia aérea Virgin Atlantic vai permitir que a tripulação deixe suas tatuagens à mostra. Antes, os funcionári­os precisavam escondê-las sob o uniforme. Segundo a empresa, a mudança está ligada à inclusão.

VOO

Apesar de não ser regra, o uso de tatuagens fora do limite do uniforme foi tradiciona­lmente proibido por companhias aéreas, especialme­nte entre britânicas e árabes.

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