Folha de S.Paulo

Dólar tem maior queda para maio desde 2009 e fecha mês a R$ 4,75

- Com Reuters

Em uma sessão marcada pela volatilida­de, o dólar iniciou os negócios em alta ante o real, passou a recuar no início da tarde, e terminou o dia estável em relação ao fechamento anterior, cotado a R$ 4,7540 para venda.

O sobe e desce da moeda decorre da formação da Ptax, taxa que serve de referência para a liquidação de contratos em dólar. No fim de cada mês, agentes financeiro­s costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenient­es às suas posições.

Na máxima do dia, a divisa chegou a encostar em R$ 4,7780 (alta de 0,50%), com a mínima em R$ 4,6980 (queda de 1,17%).

No mês, a moeda americana registrou desvaloriz­ação de 3,82%, a maior para um mês de maio desde 2009, quando recuou 10,3%. No ano, a divisa passa a marcar depreciaçã­o de 14,75%.

Com isso, o real teve o terceiro melhor desempenho mensal entre alguns de seus principais pares emergentes, atrás apenas do rublo russo (alta de 16,5%) e do peso colombiano (valorizaçã­o de 5,1%).

A trajetória de maio, no entanto, foi tortuosa. O dólar chegou a acumular alta de cerca de 4,3% no mês até o dia 9, quando globalment­e investidor­es sentiam a pressão de juros mais altos em meio a preocupaçõ­es com a China.

Posteriorm­ente, uma combinação de dados norte-americanos ainda fortes, mas com leituras sugerindo inflação próxima do pico, amenizou receios de estagflaçã­o, abrindo espaço para uma retomada do apetite por risco que beneficiou as mais variadas classes de ativos, entre as quais o câmbio emergente.

Sobre este mês que se inicia, junho historicam­ente é de queda do dólar. Desde 2003 a moeda recuou em 14 ocasiões e subiu em 5. O dia 15 será particular­mente importante, quando tanto o banco central norte-americano quanto o brasileiro anunciarão decisões de política monetária com potencial de mexer com os cenários traçados até aqui por analistas.

Na Bolsa de Valores, o índice acionário Ibovespa encerrou a sessão desta terça em leve alta de 0,29%, aos 111.350 pontos, com ganhos acumulados de 3,22% em maio, e de 6,22% no ano.

Contribuír­am para o desempenho positivo da Bolsa no dia os papéis da Petrobras, que acompanhar­am a alta em torno de 1% do barril do petróleo do tipo Brent no mercado internacio­nal, com ganhos de 0,76% das ações ordinárias da estatal.

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