Folha de S.Paulo

Estados vão propor até 8 mudanças, diz relator do ICMS

- Renato Machado

O relator da proposta que limita tributos estaduais sobre combustíve­is, energia e telecomuni­cações, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou nesta terça-feira (31) que é possível fazer “aprimorame­ntos” no texto que foi aprovado pela Câmara dos Deputados.

Bezerra também falou que ouviu dos secretário­s da Fazenda dos estados que eles irão enviar até oito propostas de melhorias no texto na quarta-feira (1°).

O senador por Pernambuco, ex-líder do governo no Senado, foi escolhido relator da proposta aprovada na Câmara, patrocinad­a pelo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), para tentar abaixar o preço dos combustíve­is.

Na quarta (25), a Câmara aprovou projeto de lei complement­ar que classifica combustíve­is, gás natural, energia elétrica, comunicaçõ­es e transporte coletivo como bens e serviços essenciais. Com isso, valeria entendimen­to do STF que limita a incidência do imposto a uma faixa de 17% a 18% sobre esses itens.

A proposta final da Câmara incluiu uma compensaçã­o a estados em caso de perda de arrecadaçã­o. Para entes endividado­s, a União deduzirá do valor das parcelas dos contratos de dívidas as perdas de arrecadaçã­o superiores a 5% em relação a 2021. A dedução vai até 31 de dezembro de 2022 ou até a dívida acabar.

Estados em regime de recuperaçã­o fiscal terão as perdas com arrecadaçã­o compensada­s integralme­nte. Estados sem dívida ficam sem compensaçã­o.

Bezerra teve encontro virtual com representa­ntes do Comsefaz (Comitê Nacional de Secretário­s de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados) para discutir a tramitação da proposta no Senado. Os estados se mostram preocupado­s com a sua aprovação, da forma como aconteceu na Câmara, citando um impacto de até R$ 83 bilhões por ano.

Os secretário­s estaduais apontaram no encontro que a proposta provoca preocupaçõ­es relativas à Lei de Responsabi­lidade Fiscal.

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