jornalistas —e um brasileiro desaparecido
Brent Renaud
Documentarista premiado, o americano de 50 anos registrou as guerras do Iraque e do Afeganistão, os efeitos do terremoto no Haiti e a disputa entre cartéis de drogas no México antes de chegar à Ucrânia para a cobertura da ofensiva russa. Foi baleado e morto em março, perto da cidade de Irpin, na primeira baixa de um repórter estrangeiro no conflito.
Pierre Zakrzewski e Oleksandra Kuvshinova
O cinegrafista francês e a produtora ucraniana trabalhavam para o canal americano Fox News e foram mortos durante ataque nos arredores de Kiev que também atingiu o veículo em que estavam. Veterano em conflitos, Zakrzewski, 55, foi descrito por colegas como um profissional de espírito positivo. Kuvshinova, 24, tinha sido contratada para auxiliar profissionais da emissora.
Eugeni Sakun
A primeira morte confirmada de um jornalista na Guerra da Ucrânia foi a do cinegrafista ucraniano que trabalhava para o canal Kiev Live TV. Ele foi atingido no dia 1º de março durante bombardeio a uma torre de rádio e televisão na capital do país. Ao todo, cinco pessoas morreram durante o ataque.
Maks Levin
O fotógrafo e documentarista de 40 anos foi encontrado morto em abril próximo a Kiev. Além da perda, a família e os quatro filhos de Maks Levin tiveram de suportar três semanas em que o ucraniano ficou desaparecido. A ONG Instituto de Comunicação de Massas, citando informações da promotoria do país, comunicou que o jornalista estava desarmado e foi atingido por dois tiros. Ele trabalhou para vários meios de comunicação ucranianos e internacionais. Desde 2013 colaborava com a Reuters.
Frederic Leclerc-imhoff
“Frederic Leclerc-imhoff estava na Ucrânia para mostrar a realidade da guerra”, escreveu nas redes sociais o presidente da França, Emmanuel Macron, sobre o jornalista da rede BFM morto na segunda (30) durante a retirada de civis perto de Severodonetsk, no Donbass. O francês foi atingido por estilhaços que romperam o blindado ucraniano em que viajava.
Robert Dulmers
O jornalista holandês de 56 anos foi expulso da Ucrânia pelo Serviço de Segurança da Ucrânia por ter publicado em uma rede social imagens de depósitos de combustível em chamas após um ataque russo com mísseis em Odessa. Segundo autoridades, ele violou a lei que proíbe filmar alvos militares. A norma é objeto de contestação por ser restritiva. Dulmers foi proibido de voltar à Ucrânia por três anos.
Aleksandr Nevzorov
O russo de 63 anos era um popular apresentador de TV antes da guerra. Em março, foi a primeira pessoa enquadrada por Moscou na lei que proíbe a publicação de “informações falsas” sobre o conflito. Ele é acusado de agir com má fé na divulgação de um bombardeio russo contra uma maternidade na cidade de Mariupol e pode pegar pena de até 15 anos de prisão.
Vinicius de Andrade
Ex-militar da Marinha, o brasileiro pretendia se alistar no Exército ucraniano e foi dado como desaparecido em abril. Vinicius viajou com um amigo —não identificado— e fez contato pela última vez em Varsóvia, capital da Polônia, segundo pessoas próximas. Dali, ele planejava seguir para a fronteira com a Ucrânia. Os perfis mantidos pelo brasileiro foram excluídos das redes sociais. Seu paradeiro ainda é desconhecido.