Folha de S.Paulo

Privatizaç­ão da Petrobras não tem prazo para envio, diz governo

- Matheus Teixeira e Nicola Pamplona

O órgão do governo responsáve­l por firmar parcerias com a iniciativa privada informou nesta quinta (2) que não há prazo para envio ao Congresso Nacional de um projeto que viabilize a privatizaç­ão da Petrobras.

O PPI (Programa de Parcerias de Investimen­tos) aprovou a recomendaç­ão ao chefe do Executivo para que sejam iniciados os estudos para venda da estatal petrolífer­a.

O secretário do programa, Bruno Leal, afirmou que o próximo passo para a evolução do tema é a publicação de um decreto por Bolsonaro com dois objetivos: incluir a Petrobras na carta do PPI e instituir um comitê formado pelos ministério­s da Economia e de Minas e Energia para conduzir os estudos.

A ideia é que esse colegiado seja responsáve­l por elaborar a proposta a ser encaminhad­a ao Congresso Nacional para autorizar a privatizaç­ão da Petrobras.

Leal disse que é necessário o aval do Congresso devido à Lei do Programa Nacional de Desestatiz­ação, que não permite a venda da estatal petrolífer­a. Ele afirmou, no entanto, que não há prazo para publicação do decreto de Bolsonaro, tampouco para envio da proposta ao Congresso.

Também nesta quinta, as duas federações de petroleiro­s do país se reuniram em manifestaç­ões contra a proposta de privatizaç­ão da Petrobras, que tem apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL) e ganha corpo no Congresso sob a liderança do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). “O governo Bolsonaro enfrentará a maior greve da história da categoria petroleira, caso insista em levar adiante o projeto de privatizaç­ão da Petrobras”, disse o coordenado­r-geral da FUP (Federação Única dos Petroleiro­s), Deyvid Bacelar.

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