Bancos melhoram projeções para 2022, mas veem ritmo fraco
A divulgação do PIB do primeiro trimestre acionou uma série de revisões de alta nos prognósticos por parte dos bancos, que seguem vendo ritmo mais fraco no segundo semestre, mas agora talvez na forma de uma desaceleração mais gradual.
O Itaú Unibanco aumentou para 1,6% a taxa de crescimento esperado para 2022, de 1,0% do cenário prévio, e projeta elevação de 0,8% do PIB no segundo trimestre.
“Apesar do resultado abaixo do esperado, a divulgação do PIB confirma que a economia teve um início de ano forte e consolida nossa percepção de que o primeiro semestre deve ter crescimento mais robusto do que se esperava inicialmente”, disse o banco em relatório de revisão de cenário, sem deixar de ressalvar, contudo, perspectiva de declínio de 0,4% do PIB tanto no terceiro trimestre quanto no quarto.
O Citi dobrou sua estimativa de expansão da economia neste ano para 1,4%, de 0,7% antes, depois de classificar a performance dos primeiros três meses do ano como “robusta” e citar que a recuperação no mercado de trabalho teve papel no impulso do consumo privado, que puxou os resultados de janeiro a março.
O Jpmorgan prevê que o segundo trimestre do ano deverá ser “mais forte” do que o banco estava esperando e calcula aumento do PIB de 1,5% entre abril e junho sobre o primeiro trimestre do ano —em taxa anualizada com ajuste sazonal. O número cheio para 2022 foi elevado a 1,2%, de 1% do cenário anterior.
O Santander Brasil agora vê a atividade econômica em alta de 1,2% em 2022, bem acima do prognóstico anterior, de aumento de 0,7%