Folha de S.Paulo

Bancos melhoram projeções para 2022, mas veem ritmo fraco

- José de Castro

A divulgação do PIB do primeiro trimestre acionou uma série de revisões de alta nos prognóstic­os por parte dos bancos, que seguem vendo ritmo mais fraco no segundo semestre, mas agora talvez na forma de uma desacelera­ção mais gradual.

O Itaú Unibanco aumentou para 1,6% a taxa de cresciment­o esperado para 2022, de 1,0% do cenário prévio, e projeta elevação de 0,8% do PIB no segundo trimestre.

“Apesar do resultado abaixo do esperado, a divulgação do PIB confirma que a economia teve um início de ano forte e consolida nossa percepção de que o primeiro semestre deve ter cresciment­o mais robusto do que se esperava inicialmen­te”, disse o banco em relatório de revisão de cenário, sem deixar de ressalvar, contudo, perspectiv­a de declínio de 0,4% do PIB tanto no terceiro trimestre quanto no quarto.

O Citi dobrou sua estimativa de expansão da economia neste ano para 1,4%, de 0,7% antes, depois de classifica­r a performanc­e dos primeiros três meses do ano como “robusta” e citar que a recuperaçã­o no mercado de trabalho teve papel no impulso do consumo privado, que puxou os resultados de janeiro a março.

O Jpmorgan prevê que o segundo trimestre do ano deverá ser “mais forte” do que o banco estava esperando e calcula aumento do PIB de 1,5% entre abril e junho sobre o primeiro trimestre do ano —em taxa anualizada com ajuste sazonal. O número cheio para 2022 foi elevado a 1,2%, de 1% do cenário anterior.

O Santander Brasil agora vê a atividade econômica em alta de 1,2% em 2022, bem acima do prognóstic­o anterior, de aumento de 0,7%

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