Folha de S.Paulo

Coreia do Norte lança 8 mísseis após exercício conjunto entre EUA e Seul

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seul | afp e reuters A Coreia do Norte disparou oito mísseis balísticos de curto alcance em direção ao mar de sua costa leste neste domingo (5). O exercício, que durou 30 minutos, foi realizado um dia após a Coreia do Sul e os EUA promoverem manobras militares conjuntas com porta-aviões americanos — e provocou reações internacio­nais.

Horas mais tarde, Washington e Seul fizeram um lançamento semelhante, inclusive com o mesmo número de projéteis. De acordo com a agência Yonhap, foram disparados oito mísseis pelos dois países.

Segundo analistas, o lançamento norte-coreano pode ter sido o que incluiu o maior número de mísseis balísticos disparados por Pyongyang de uma só vez.

Desde o início do ano, o regime liderado por Kim Jong-un realizou 18 testes de armas envolvendo dezenas de mísseis —mais do que a soma dos realizados nos dois anos anteriores.

A resposta de EUA e Coreia do Sul, por sua vez, durou cerca de dez minutos, e, segundo militares citados pela Yonhap, foi uma demonstraç­ão da “capacidade e prontidão para realizar ataques de precisão”.

Mais cedo, Seul convocou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional e disse que o presidente Yoon Suk-yeol forçou publicamen­te o aumento da colaboraçã­o com Washington na área de defesa. O teste deste fim de semana é o terceiro desde que ele foi empossado.

No sábado (4), numa parceria sul-coreana e americana, foram feitos exercícios em grande escala com o porta-aviões Ronald Reagan, movido a energia nuclear. A manobra foi a primeira com um porta-aviões desde 2017.

Em um comunicado, o Estado-Maior da Coreia do Sul disse que o exercício “cimentou a determinaç­ão de ambos os países de responder com severidade a qualquer provocação norte-coreana, ao mesmo tempo em que demonstrou o compromiss­o dos EUA na região”.O presidente Joe Biden, que fez sua primeira viagem à Ásia como líder dos EUA no mês passado, disse que Washington deteria, se necessário, a Coreia do Norte.

O Japão também reagiu ao lançamento norte-coreano. O ministro da Defesa Nobuo Kishi descreveu o exercício de Pyongyang como algo de frequência sem precedente­s. “Um ato que não pode ser tolerado.”

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