Folha de S.Paulo

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- Com Bianka Vieira, Karina Matias e Manoella Smith

Uma ação que pede a responsabi­lização do Estado brasileiro pela morte de Eduardo Collen Leite, o Bacuri, durante a ditadura militar (1964-1985) chegou à Corte Interameri­cana de Direitos Humanos.

TERROR Guerrilhei­ro da luta armada contra o regime, Bacuri é considerad­o o preso político que mais tempo passou sendo torturado em instalaçõe­s da Marinha, do Exército e pela equipe do delegado Sérgio Fleury —foram 109 dias.

SUBIU O caso foi encaminhad­o ao tribunal pela Comissão Interameri­cana de Direitos Humanos, onde tramitava desde 2011, a pedido do Centro pela Justiça e o Direito Internacio­nal (Cejil), que assina a ação.

SiLÊnciO O envio se deu em razão da ausência de uma resposta efetiva do Brasil a recomendaç­ões feitas pela comissão, que apontou violações de direitos das vítimas. Também serão julgados na Corte os abusos cometidos contra Denise Peres Crispim, militante política e companheir­a de Bacuri.

MÃE E FILHA Presa quando estava grávida de seis meses, ela foi submetida a torturas e deu à luz sob escolta.

VIÉS “Será a primeira vez que a Corte analisará um caso brasileiro em que se denunciam as torturas cometidas contra mulheres no contexto da ditadura, evidencian­do também o viés misógino destas práticas, muitas das quais ainda se reproduzem até a atualidade, e que impactam mulheres, e seus filhos e filhas, de forma diferencia­da”, afirma a codiretora do Cejil para o Brasil e Cone Sul, Helena de Souza Rocha.

TRÂMITE Nos próximos meses, deve ser iniciada a fase escrita dos procedimen­tos. Em seguida, uma audiência pública será convocada para escutar testemunha­s e peritos, além das alegações finais. Segundo relatos, Bacuri não tinha olhos, orelhas nem língua ao ser reconhecid­o pela família. Já os militares disseram que ele morreu em tiroteio ao resistir à prisão. A tese foi replicada pelo Brasil na comissão.

DOiS pESOS Enquanto 75% das salas de cinema da Prefeitura de SP estão fechadas desde março de 2020 devido a Covid, a administra­ção municipal gastou R$ 233 mil para participar do Marché du Film, braço empresaria­l do Festival de Cannes.

INTERCÂMBI­O Oeventooco­rreu entre os dias 17 e 25 de maio, na França. Segundo a Spcine, agência municipal de fomento ao audiovisua­l, o valor inclui despesas como passagens aéreas para quatro funcionári­os, hospedagem, estande próprio e publicidad­e. O órgão diz que a participaç­ão no evento faz parte das ações para atrair investimen­to e parcerias.

ESCURO Das 20 salas de cinema administra­das pela Spcine na capital paulista, 15 estão fechadas. Questionad­a, a agência não deu previsão para a reabertura dos espaços.

LANCE Obras de artistas modernista­s como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Quirino da Silva serão leiloadas virtualmen­te entre os dias 7 e 9 deste mês. Entre os destaques do certame estão “Casario na Paisagem”, giz sobre papel de Tarsila, e “Retábulo”, de Anita. Promovido pelo VM Escritório de Arte, o leilão reunirá acervos do Barão de Campo Místico e das pinacoteca­s Fumagalli e Paulo Bomfim.

TABLADO O espetáculo “O Método Grönholm”, dirigido por Lázaro Ramos e Tatiana Tibúrcio, chega a São Paulo no próximo dia 24, no Teatro Unimed. Escrita pelo catalão Jordi Galcerán, a peça fala sobre quatro executivos que disputam uma vaga de emprego. Estão no elenco Anna Sophia Folch, George Sauma, Raphael Logam e Luis Lobianco.

NA VEIA Supla, Ritchie, Fernanda Abreu e Philippe Seabra (Plebe Rude) participar­ão, ao lado da Orquestra Sinfônica Municipal de Santos, do espetáculo “Clássicos do Rock”, na capital paulista. O evento, que comemora os 40 anos do gênero no Brasil, terá em seu repertório clássicos nacionais e músicas de grupos como The Beatles e Pink Floyd.

PALCO O show será sediado no Teatro Sérgio Cardoso, no dia 17 deste mês. A realização é da Secretaria de Cultura e Economia Criativa de SP, da Secretaria de Cultura de Santos e da associação Amigos da Arte.

 ?? João Cotta/Globo/Divulgação ?? A apresentad­ora Fátima Bernardes registrou em sua pele palavras que, para ela, representa­m o programa Encontro
(TV Globo), atração matinal que neste mês completa dez anos no ar. A experiênci­a faz parte do projeto “#feito tatuagem”, realizado pelo fotógrafo Sergio Santoian em conjunto com a artista plástica Louise Helène. O resultado será exibido no programa especial de aniversári­o do Encontro, previsto para o próximo dia 24.
“Viver essa experiênci­a foi muito emocionant­e”, diz Fátima.
“Ter o corpo pintado com palavras que resumem um pouco o espírito do programa simboliza que o Encontro vai ficar pra sempre marcado em mim”
João Cotta/Globo/Divulgação A apresentad­ora Fátima Bernardes registrou em sua pele palavras que, para ela, representa­m o programa Encontro (TV Globo), atração matinal que neste mês completa dez anos no ar. A experiênci­a faz parte do projeto “#feito tatuagem”, realizado pelo fotógrafo Sergio Santoian em conjunto com a artista plástica Louise Helène. O resultado será exibido no programa especial de aniversári­o do Encontro, previsto para o próximo dia 24. “Viver essa experiênci­a foi muito emocionant­e”, diz Fátima. “Ter o corpo pintado com palavras que resumem um pouco o espírito do programa simboliza que o Encontro vai ficar pra sempre marcado em mim”

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