Derrubado pela inflação, Biden tenta reagir com mais exposição
O New York Times manteve no alto, ao longo do dia, a projeção do Banco Mundial de menor crescimento “em meio à inflação” e também a defesa, pela secretária do Tesouro de Joe Biden, dos “gastos pandêmicos, enquanto a inflação persiste”.
Janet Yellen havia admitido dias antes à CNN seu “erro” ao afirmar, no ano passado, que a inflação nos EUA era temporária e se devia a outros problemas, não ao estímulo que ela tanto defendeu, para a economia reagir pós-pandemia.
Ela “deixou o governo Biden na defensiva”, diz o jornal, refletindo a preocupação em torno do presidente americano desde o “marco sombrio”, na expressão de Bloomberg e Washington Post, nas pesquisas da semana passada:
“Sua popularidade caiu para o último lugar: dos 13 presidentes da era das pesquisas, nenhum esteve em situação pior neste momento de seu primeiro mandato, 500 dias na presidência, do que a taxa de aprovação de 40,5% de Biden.”
Reportagens por NBC, CNN e Politico vêm descrevendo como ele “quer sair mais”, frustrado por “estar em posição pior que Trump”. Daí assinar artigos no Wall Street Journal e NYT e posar com o grupo de k-pop BTS no Salão Oval.
Também a entrevista para o talk show de Jimmy Kimmel, marcada para quarta (8) na ABC. Como em tudo, o alvo é a eleição de meio de mandato.
Seu partido faz o mesmo caminho. “Democratas veem audiências televisionadas como forma de destacar revelações de 6 de Janeiro”, noticiou o NYT, sobre o início das transmissões da comissão de maioria governista, na quinta (9).
A Fox News, maior canal de notícias, não vai passar.
CÚPULA SEM IMIGRAÇÃO
A Cúpula das Américas vai perdendo presidentes, agora o uruguaio, com Covid, mas o que importa é o mexicano Andrés Manuel López Obrador, que confirmou que não vai, “em golpe para Biden”, no destaque do NYT. Derrubou a chance de “qualquer acordo substancial sobre imigração, que a Casa Branca enfatizou como tópico-chave para o encontro”.
MAIS CARAVANA
Pior, mexicanos como La Jornada cobrem e a Fox News já explora uma nova caravana de imigrantes que saiu da fronteira da Guatemala com o México, em direção aos EUA, com cerca de dez mil e crescendo.