Lula não é de esquerda, e Bolsonaro é fantoche das elites, diz Jones Manoel
O pré-candidato ao governo de PE Jones Manoel (PCB) afirmou nesta quinta (9) que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é fascista, fantoche das elites e que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é de esquerda, mas o “centro democrático”.
“Bolsonaro é um presidente genocida, um presidente da fome, do desemprego. Mas é uma espécie de capanga. O mandante é o conjunto da burguesia brasileira, da elite política e econômica que domina o país”, afirmou o historiador em sabatina à Folha e ao UOL.
Ele classificou a gestão Bolsonaro como um governo liberal-fascista. Disse que não há polarização no sentido ideológico entre o presidente e o ex-presidente, mas destacou que o petista não é um fascista.
“Bolsonaro e Lula não são a mesma coisa. Quem fala que Bolsonaro e Lula são a mesma coisa está relativizando fascismo. Agora, Lula não é um candidato de esquerda. Lula é o verdadeiro centro desse país, o centro democrático é Lula”, afirmou o historiador.
Ele disse que reconhece o papel histórico de Lula, mas defendeu a candidatura da professora Sofia Manzano (PCB) à Presidência no primeiro turno das eleições.
Disse que a candidatura à Presidência do PCB terá como centro as críticas às reformas trabalhista, da Previdência, ao teto de gastos, além de pautar temas como reforma agrária e redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais.
Para ele,éfund amental derrotar não sóBol sonar o, masa sua agenda econômica.
“Enquanto oposição ao bolso na ris mo, estamos todos juntos, mas agente entende que épreci sopuxar ode bateà esquerda .[ Com]Bol sona rosendoderrotado, os problemas do povo trabalhador não acabam automaticamente.”
Defendeu que Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e os militares do alto escalão do governo sejam processados por crime contra humanidade pelas mais de 650 mil mortes na pandemia.
E disse que a Covid foi usada como “arma de destruição em massa” do povo trabalhador, que atingiu sobretudo os pobres, negros e da periferia.
Ele definiu o Judiciário como parte de uma engrenagem que retira direitas dos trabalhjadores a odara vala políticas como o teto de gastos.
Sobre o comunismo, ideologia do PCB, disse que não se faz revolução em eleição, mas que disputa o governo doesta dopara apresentaràpo pulação projetora di calde revolução para aclasse trabalhadora.
“Muita gente tem medo da palavra comunismo porque ouviu muita propaganda, viu muita mentira sobre oqueéo comunismo. O comunismo é abrilhante ideia de que o trabalhador ou a trabalhadora tem que ter o controle sobre a riqueza e a cultura que ele mesmo produz”, disse.
Criticando os governos do PSB, que comandam o estado há 16 anos, disse que o partido não tem uma política de combate a fome e deixou de lado a reforma agrária no estado.
Sobre as chuvas que atingiram o estado de Pernambuco e deixaram 129 mortos, destacou que o governo federal e o de Pernambuco fizeram cortes sistemáticos no orçamento para saneamento, moradia e contenção de barreiras.
“Não é uma tragédia natural quando você tem uma política proposital de não investir em saneamento básico, prevenção a tragédias e moradia popular. [...] A chuva não mata, o que mata é uma política que despreza o interesse da classe trabalhadora”, afirmou.
Sobre segurança pública, disse que o programa Pacto pela Vida, uma das vitrines dos governos do PSB, está falido e não conseguiu frear o avanço da violência. Criticou a política de encarceramento, defendeu a implantação de câmeras nos uniformes para reduzir a violência policial e a criação de um comitê de defesa dos direitos humanos e de controle das ações policiais que seja externo à polícia.
A sabatina foi conduzida por Diego Sarza e pelos jornalistas Carlos Madeiro, do UOL, e José Matheus Santos, da Folha.