Raquel Lyra afirma que Paulo Câmara faz o pior governo da história de PE
salvador Pré-candidata ao Governo de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB) disse nesta quinta-feira (9) que o governador Paulo Câmara (PSB) conduz uma gestão encastelada, distante da população e faz o pior governo da história de Pernambuco.
Em sabatina à Folha eao UOL, a ex-prefeita de Caruaru (135 km do Recife) destacou que Pernambuco tem os piores indicadores do país em desemprego, é o pior estado para empreender e o segundo com mais mortes violentas.
“É um governo que não consegue enxergar além da próxima eleição, um governo encastelado e que acaba por perder a liga com o povo. [...] Pernambuco está no desalento, no desencanto, na desesperança e precisa projetar um novo momento”, afirmou.
Câmara está no segundo mandato como governador de Pernambuco e vai apoiar do deputado federal Danilo Cabral (PSB) para a sua sucessão em aliança com o PT e com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Sobre a eleição nacional, Lyra indicou apoio à précandidatura de Simone Tebet (MDB) à Presidência. Mas disse preferir debater os problemas de Pernambuco e não o cenário nacional.
“Quero fazer o debate da vida real do nosso povo. [...]
A gente não pode querer cair na pegadinha de escorar candidatura estadual usando como muleta a candidatura do Lula ou do Bolsonaro para chegar ao segundo turno sem fazer debate sobre Pernambuco “, afirmou.
Ainda assim, criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL) por ataques à democracia e às instituições. E destacou que Lula tem o reconhecimento do povo pernambucano, que tem uma lembrança positiva de sua gestão. Também disse que votou nele em três eleições.
Se disse aberta a possíveis alianças com outros pré-candidatos ao governo estadual, mas que não abrirá mão de encabeçar a chapa: “O projeto do PSDB e do Cidadania não tem volta. A marcha ré quebrou”.
Criticou a escalada da violência em Pernambuco nos últimos anos e disse que a política de segurança tem que ser conduzida diretamente pelo governador do estado.
Disse que o programa Pacto pela Vida, iniciado na gestão Eduardo Campos (20072014), foi deixado de lado e que é preciso desenvolver uma nova política de segurança para o estado com foco na prevenção e na repressão à violência.
Também afirmou que, na gestão Câmara, a polícia deixou de investigar crimes após estes atingirem 12 meses. E cobrou mais transparência nos dados de violência: “Esconder problema não é resolvê-lo”.
Sobre as chuvas que deixaram 129 mortos nas últimas semanas em Pernambuco, disse que Câmara terceirizou responsabilidades e não foi capaz de fazer obras de drenagem, contenção de encostas e habitação.
Ela também destacou que, segundo relatório do Tribunal de Contas do Estado, o governo de Pernambuco tem R$ 8 bilhões em obras paralisadas.
E citou exemplos como as obras dos futuros Hospital da Mulher de Caruaru, o Hospital do Sertão, em Serra Talhada, e o Hospital Mestre Dominguinhos, em Garanhuns.
“Houve inúmeras promessas de obras que não foram entregues, concluídas ou sequer iniciadas. E o governador Paulo Câmara na sua reeleição prometeu elas todinhas de novo. Pernambuco está cansado de mediocridade”, afirmou a pré-candidata.
Ela prometeu reestruturar a rede de saúde do interior do estado, levando o atendimento para mais perto da população, cobrou a conclusão da Adutora do Agreste e destacou a maior presença feminina na eleição majoritária como um marco para Pernambuco, lembrando que o avanço das mulheres é brecado pelas instâncias decisórias dos partidos.
A sabatina foi conduzida por Fabíola Cidral e pelos jornalistas Carlos Madeiro, do UOL, e José Matheus Santos, da