Deixou sua marca nos movimentos sociais
ROSA MARIA FERREIRA DA FONSÊCA (1949-2022)
Quem conheceu Rosa Fonsêca diz que ela era dona de uma solidariedade ilimitada e de um sorriso largo. Com grande capacidade para acolher outras pessoas, deixou sua marca na vida cotidiana, na política e nas causas sociais que abraçava.
“Minha tia e madrinha era uma das minhas maiores referências políticas, de ética e caráter. Eu a comparo ao mandacaru, que simboliza forte resiliência porque floresce em meio à imensa sequidão que o cerca”, afirma o jornalista Daniel Fonsêca, 39.
Rosa equilibrava sensibilidade e empatia com firmeza. Apesar da agenda atribulada, administrou seu tempo sem deixar de lado os familiares e amigos. Além de não faltar nas festas, improvisava a cantoria com a ajuda do velho violão. Rosa simbolizava a festa, a música e a alegria.
Natural de Quixadá (CE), era a sexta entre 11 filhos de um padeiro português com uma costureira cearense. Dos irmãos, dois morreram antes dos cinco anos.
A militância na educação começou aos 13 anos, na Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo. Em Quixadá e Fortaleza, deu aulas em várias escolas públicas e particulares, nas quais ensinou história e sociologia.
Durante a ditadura militar, Rosa foi presa e torturada. Ficou no manicômio feminino até ser transferida para um hospital militar. Na época, estudava ciências sociais na UFC (Universidade Federal do Ceará). O curso foi concluído quando ganhou a liberdade. Nos anos 1990, fez mestrado em educação na instituição.
Em 1973, Rosa foi uma das fundadoras do grupo Crítica Radical, e nas décadas seguintes, participou ativamente de movimentos sociais. Foi a primeira presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) no Ceará, inclusive.
Chegou a se filiar ao PCDOB, PT e PSTU, mas foi pelo PSB que, em 1992, se elegeu vereadora por Fortaleza —a segunda mais votada, com 5.613 votos. Nos últimos 20 anos, Rosa e o Crítica Radical defenderam a abstenção em todas as eleições.
Rosa morreu no dia 1º de junho, aos 73 anos, por complicações causadas por um câncer de ovário. Deixa a companheira, seis irmãos, sobrinhos e amigos da militância política.
7º DIA
JORGE FREDERICO MESSAS BITTAR Sexta (10/6) às 19h, Paróquia de São Dimas, Vila Nova Conceição, São Paulo (SP) MARIA HERMINIA D’ANGELO STRAUBE Sexta (10/6) ao meio-dia, Capela Imaculado Coração de Maria (Capela da PUC), Perdizes, São Paulo (SP) Procure o Serviço Funerário Municipal de São Paulo:
tel. (11) 3396-3800 e central 156; prefeitura.sp.gov.br/servicofunerario.
Anúncio pago na Folha: tel. (11) 3224-4000. Seg. a sex.: 10h às 20h. Sáb. e dom.: 12h às 17h.
Aviso gratuito na seção: folha.com/mortes até as 18h para publicação no dia seguinte (19h de sexta para publicação aos domingos) ou pelo telefone (11) 3224-3305 das 16h às 18h em dias úteis. Informe um número de telefone para checagem das informações.