‘Ranking verde’ inclui bancos e companhias de energia brasileiros
País ocupa 12º lugar, com Klabin e Renner à frente, em lista da S&P que avaliou a aplicação de práticas ESG
O Brasil ocupa o 12º lugar no Anuário de Sustentabilidade da S&P Global 2022, com 22 empresas. As mais bem classificadas são Klabin e Renner, mas a maioria é dos setores de energia e bancário —nomes como Bradesco, Banco do Brasil, Itaú, Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) e Eletrobras.
O ranking internacional avaliou a aplicação de práticas ESG (ambiental, social e governança, na sigla em inglês) em 7.554 empresas do mundo e levou em consideração dados do Comitê de Sustentabilidade do índice Dow Jones, que reúne grandes empresas.
Liderada pelos EUA (111 empresas), a lista tem Japão (83) em segundo e Coreia do Sul (43) em terceiro. A América do Sul ainda é representada por Chile (24), Colômbia (16), Peru (5) e Argentina (1). Ao todo, empresas de 43 países aparecem no levantamento.
A avaliação classificou as empresas a partir de 61 modelos de questionário sobre práticas de ESG, correspondentes a cada setor industrial, com notas de 0 a 100. Das 7.554 companhias, 716 foram listadas no anuário —aquelas que tiveram as maiores notas.
A categoria ouro inclui empresas que estão entre o 1% de melhores notas de seu setor e tiveram ao menos 60 pontos.
No nível prata, de Banco do Brasil, Bradesco e Itaú, estão as 5% mais bem avaliadas que atingiram pelo menos 57 pontos. No bronze, encontram-se companhias com pontuação dentro das 10% maiores e ao menos 54 pontos. É o caso de Eletrobras e Cemig.
As demais receberam o título de Membro do Anuário de Sustentabilidade —categoria inferior, mas que avalia notas individuais e setoriais.
A Klabin, de papel e embalagens, foca a preservação ambiental. A empresa captura, por meio das suas florestas, mais gás carbônico da atmosfera do que emite em operações industriais. Em 2021, o saldo positivo foi de 4,9 milhões de toneladas de carbono equivalente.
Isso acontece porque 43% da base florestal é composta por matas nativas preservadas. Os outros 57% das árvores são usados como matériaprima renovável para a fabricação de celulose.
Já a Renner divulgou recentemente os resultados de seu primeiro ciclo de compromissos públicos de sustentabilidade. Entre eles, está a meta, já cumprida, de que 100% da cadeia nacional e internacional de fornecedores de produtos têxteis da empresa tenha certificação socioambiental.
Uma das apostas da companhia é o rastreio de peças de algodão por meio de tecnologia, do cultivo à fabricação das roupas.
Neste mês, a Youcom, do mesmo grupo, lança duas calças em jeans 100% rastreáveis.
Empresa de energia mais bem posicionada entre as brasileiras, a Cemig possui uma série de iniciativas voltadas à ampliação de práticas ESG. Entre elas, busca diminuir impactos no ambiente aquático, afetado por suas hidrelétricas.
No Programa Peixe Vivo, reduz anualmente o limite máximo de biomassa afetada (peixes mortos), visando zerar o impacto gradativamente.
Neste ano, o teto é de 742 kg para a soma de todos os procedimentos realizados em suas 63 hidrelétricas próprias.
Para isso, grades que limitam a circulação dos animais foram instaladas. Além dis