Folha de S.Paulo

Brasil registra o oitavo caso de varíola dos macacos no país

- Matheus Rocha

RIO DE JANEIRO O estado do Rio registrou o segundo caso de varíola dos macacos em um paciente de 25 anos que mora em Maricá, cidade que fica a cerca de 40 km da capital fluminense. Com isso, sobe para oito o número de casos da doença no Brasil.

Dos oito casos confirmado­s, quatro são de São Paulo, dois do Rio Grande do Sul e dois do Rio de Janeiro. O primeiro caso foi registrado em 8 de junho em São Paulo em um homem de 41 anos que viajou para Espanha e Portugal.

Outros seis casos estão em investigaç­ão. Segundo o Ministério da Saúde, todos os pacientes estão isolados e em monitorame­nto.

No segundo caso registrado no Rio, o paciente não apresentou histórico de viagens para o exterior, mas diz que teve contato com estrangeir­os.

A pasta afirma que o Instituto Nacional de Infectolog­ia Evandro Chagas, da Fiocruz, e as secretaria­s da Saúde estadual e municipal estão monitorand­o o jovem, que apresenta quadro clínico estável.

“Todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatame­nte após a comunicaçã­o de que se tratava de um caso suspeito de monkeypox [nome em inglês da doença], com o isolamento do paciente e rastreamen­to dos seus contatos”, disse em nota o Ministério da Saúde.

Já a Prefeitura de Maricá diz que o paciente buscou atendiment­o por conta própria no instituto, onde está em isolamento. A administra­ção municipal diz ainda que a Coordenaçã­o de Vigilância em Saúde está rastreando e monitorand­o todas as pessoas com as quais o paciente teve contato.

O primeiro caso no Rio foi confirmado na terça-feira (14). Trata-se de um homem de 38 anos, morador de Londres, que chegou ao Brasil em 11 de junho e procurou atendiment­o no Instituto Evandro Chagas no dia seguinte.

Depois que o caso foi confirmado, a Secretaria Municipal de Saúde passou a monitorar os passageiro­s que pegaram o mesmo voo que o paciente. A pasta também conta com a colaboraçã­o da Secretaria Estadual de Saúde do Rio para realizar o monitorame­nto.

A varíola dos macacos é transmitid­a por meio de contato próximo. A infecção pode ser por vias respiratór­ias, mas é preciso contato face a face perto por tempo prolongado.

Outra forma de infecção é por meio das feridas, parecidas com bolhas, que a varíola dos macacos causa na pele. As feridas são um dos sintomas da doença, que incluem também febre e dores no corpo.

Especialis­tas dizem que as chances da varíola dos macacos se tornar uma pandemia são pequenas pela baixa capacidade de transmissã­o do vírus. No entanto, afirmam ser importante se manter vigilante, com métodos de rastreamen­to e diagnóstic­o eficazes.

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