Bolsonaro não conhece Rouanet nem Ancine, diz Alexandre Frota
Na Parada LGBT+, deputado criticou a gestão cultural do presidente, que teria prometido atuar em prol da área
são paulo Pré-candidato a deputado estadual em São Paulo, Alexandre Frota, do PSDB, esteve no camarote Pride da casa de shows Blue Note na Parada LGBT+ neste domingo, ocasião em que criticou o presidente Jair Bolsonaro,doPL,sobretudoporsua pasta cultural, rebaixada de ministério a secretaria e entregue a figuras como André Porciuncula, um ex-policial militar que geriu a Lei Rouanet mesmo sem ter formação ou experiência alguma com cultura.
Frota afirmou à reportagem que foi traído por Jair Bolsonaro, que, segundo ele, “tem pouco conhecimento sobre cultura, não conhece a Lei Rouanet, não conhece a Ancine”, mas que havia prometido a ele, durante a campanha eleitoral passada, que trabalharia em prol do setor caso chegasse ao Planalto.
“Bolsonaro prometeu para mim que, de alguma forma, ia dar uma solução para a cultura com mais investimentos. O problema é que, assim que assumiu, ele traiu todos nós. Ele se vingou da classe artística, porque nunca engoliu aquela hashtag #EleNão”, disse o deputado. “Muita gente em torno dele, principalmente seus filhos, inviabilizou toda a proposta que ele disse para a gente que teria para a cultura.”
Frota também discutiu a sua saída do PSL, partido pelo qual tanto ele quanto o presidente foram eleitos, ainda no primeiro ano de seu mandato como deputado federal, movimentada por figuras bolsonaristas como Carla Zambelli e Daniel Silveira.
O deputado afirmou ainda que que não acredita na existência de uma terceira via e que, contra Bolsonaro, votaria em qualquer candidato, até em Lula, do Partido dos Trabalhadores, uma das figuras políticas que mais atacou no pleito de quatro anos atrás.
Frota afirmou que não tem mais contato algum com o presidente ou qualquer um de seus assessores e ministros.
“As eleições vão ser complicadas, recheadas de fake news, de ataques, ameaças e violência, mas a gente não pode se afrouxar”, disse ele.
“O brasileiro já decidiu em relação a Bolsonaro ou a Lula”, continuou. “Não existe terceira via. É morta, não é organizada e não vai chegar lá. Se você fizer as contas, não tem tempo para surgir um herói ou uma heroína capaz de mudar a história. A gente precisa encontrar uma maneira concreta de tirar o Bolsonaro de lá. Eu lutei para colocálo lá e vou lutar para tirá-lo.”