Estupro e gravidez
“Corregedoria apura conduta de juíza que induziu criança a desistir de aborto legal” (Cotidiano, 21/6). Os cursos de direito do país deveriam ser imediatamente extintos. Estão formando gente abjeta, sem empatia, fundamentalista, totalmente despreparada e que desconhece lei básica de 1940. Tortura infantil é o que estão fazendo com a menina. Se esse crime não for punido nesta república das bananas, que chegue aos tribunais internacionais.
Anna Amélia (Uberlândia, MG)
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Uma menina teve seu corpo brutalmente invadido. Foi coagida a ter contato com o sexo de maneira violenta, sem estar preparada, tanto física como mentalmente. Ao procurar seus direitos, seguiu sendo massacrada, tratada como um objeto, um mero aparelho reprodutor. Um corpo que não tem dono. Ficou à mercê de machos e machas, dos descumpridores da lei, já que essa dor inominável não os atinge.
Anete Araújo Guedes
(Belo Horizonte)
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O indivíduo ficar preso no labirinto jurídico kafkiano é um fato cotidiano no Brasil. Não se pode criminalizar a hermenêutica, e o juiz pode julgar com sua convicção, mesmo que esta seja contrária à jurisprudência, pois as instâncias superiores podem reanalisar o que foi decidido e reformar a sentença. Entretanto, no caso de estupro de uma criança que tem direito ao aborto, a Justiça não pode forçar o nascimento por decurso de prazo.
Luiz Roberto da Costa Jr.
(Campinas, SP)
A Idade Média, ou Idade das Trevas, finalmente chegou ao Brasil. Chegou seis séculos após o seu término na Europa; e veio com força. Ney Hamilton Michaud
(Curitiba, PR)
Eu sou contra o aborto, mas, infelizmente, por questões ideológicas e religiosas, as pessoas fogem do bom senso. Onde já se viu incentivar uma criança sem estrutura psicológica, financeira e até corporal-física dar à luz uma criança? Marcelo Barbosa
(Campo Grande, MS)
A fala da promotora com a criança é a coisa mais escabrosa de que já tive notícia.
Evandro Luiz de Carvalho
(Rio de Janeiro, RJ)
Só faltou a “doutora” perguntar à vítima se ela queria casar com o seu estuprador. A que ponto nós chegamos!
Marcelo Campos Delavigne Bueno (Curitiba, PR)
“Submeter uma menina vítima de estupro a tortura psicológica não é valorizar a vida humana” (Joel Pinheiro da Fonseca, 20/6). Além de provas avaliando conhecimentos teóricos e técnicos do direito, esses profissionais deveriam passar por provas de que avaliassem a suas atitudes éticas. A todo momento, deparamos com juízes e promotores totalmente despreparados para lidar com o humano.
Sônia Ribeiro (São Paulo, SP)