Coligações poderão ter mais de uma candidatura ao Senado
BRASÍLIA O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu nesta terça-feira (21), por unanimidade, que partidos que compõem uma coligação podem lançar mais de um candidato ao Senado.
A decisão pode impactar a formação de palanques em estados onde mais de um pré-candidato ao Senado apoia o mesmo nome a governador e duela pela vaga na chapa. É o caso, por exemplo, de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Pará, Roraima e Mato Grosso.
A decisão foi resposta a consulta do deputado Delegado Waldir (União Brasil-GO), que pretende disputar o Senado na coligação do governador Ronaldo Caiado (União Brasil).
A coligação deve incluir partidos com outros précandidatos ao Senado, como Luiz do Carmo (PSC), João Campos (Republicanos) e Alexandre Baldy (PP).
Apesar da unanimidade, os ministros do TSE se dividiram em um ponto da decisão. O relator da consulta, ministro Ricardo Lewandowski, entendeu que partidos que compõem uma coligação para o governo do estado podem criar outras coligações para a disputa ao Senado. Ele foi seguido pelos ministros Edson Fachin e Sérgio Banhos.
O voto vencedor, no entanto, foi apresentado pelo ministro Mauro Campbell. Para ele, a possibilidade de haver múltiplas coligações pode criar distorções.
Campbell foi seguido pelos ministros Benedito Gonçalves, Alexandre de Moraes e Carlos Horbach.
A eleição de 2022 renovará apenas um terço do Senado —cada estado elegerá um senador com mandato até 2031. Dessa forma, as alianças nos estados têm sido negociadas tendo como base a necessidade de definir só um candidato ao Senado para a chapa.
Também nesta terça, o presidente do TSE, Edson Fachin, anunciou o lançamento do Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições, plataforma para denunciar a publicação de notícias falsas sobre o sistema eleitoral.
O TSE vai analisar as denúncias e enviar para as redes sociais, que poderão penalizar o usuário que compartilhar as fake news.