Folha de S.Paulo

IMT prepara futuros gestores alinhados a práticas sustentáve­is

Capacidade de administra­r recursos finitos do planeta e comprometi­mento com boas práticas no ecossistem­a de produção são competênci­as em alta

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Asigla ESG vem do inglês Environmen­tal, Social and Governance (em tradução livre, Ambiental, Social e Governança) e foi cunhada pela primeira vez em 2004 no Pacto Global, braço da Organizaçã­o das Nações Unidas (ONU). A sigla tem apenas três letras, mas “significad­o e impacto determinan­tes”, explica Afonso Carlos Braga, professor associado de Marketing e Empreended­orismo do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).

“Estamos falando de sustentabi­lidade planetária, do papel que as organizaçõ­es têm na construção de um mundo melhor e de como fazer a gestão de modo transparen­te e sustentáve­l em um contexto em que os recursos que suportam a vida na Terra são finitos”, afirma Braga.

Desde que a sigla ESG apareceu no relatório do Pacto Global, tornou-se urgente transformá-la em ações, e a sociedade cobra isso. Hoje, grandes empresas já incorporam práticas de sustene ao seu planejamen­to e às suas metas. Os futuros gestores que estão sendo formados nas universida­des precisam estar preparados para essa realidade que traz para as empresas a responsabi­lidade por toda a cadeia produtiva. “Não é suficiente uma indústria de móveis ter um processo produtivo que não polua. Ela precisa se preocupar com a origem da madeira, que não pode estar relacionad­a ao desmatamen­to de áreas protegidas, a trabalho escravo a muitos outros aspectos inaceitáve­is dentro dos conceitos ESG”, afirma.

O IMT incentiva e fornece as ferramenta­s para que essa futura geração de gestores seja capaz de cobrar ações e desenvolve­r soluções para os desafios que se apresentam. Nos Projetos e Atividades Especiais, nas vivências em laboratóri­o e no campus, alunos de todos os cursos – Administra­ção, Engenharia­s, Design, Ciência da Computação e Sistemas de Informação – estabilida­de tão inseridos em um ambiente que os motiva a pensar, propor e executar soluções que têm como base os Objetivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­is (ODS). “Além disso, estamos desenhando um curso de pós-graduação específico para a área de Administra­ção que tem como base o ESG”, informa Braga.

A Administra­ção tem um papel estratégic­o dentro do ESG porque garante a viabilidad­e econômica do negócio, além de ter em seu campo a área de Recursos Humanos que cuida do time que será responsáve­l por tornar concreto o posicionam­ento da empresa. Além disso, áreas tecnológic­as, como as Engenharia­s, também ocupam posição importante porque se preocupam com modos de produção não poluentes, formas de rastrear toda a cadeia produtiva e de logística para garantir que tudo esteja sendo feito dentro das boas práticas.

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