Bar em Pinheiros reúne quem quer fugir de novinhos e novinhas
Em uma noite de sábado, o pequeno bar Café Hotel, em Pinheiros, tem a pista cheia quando o DJ toca as músicas mais ouvidas dos anos 1980 e 90. As taças passam de mão em mão com martinis e diferentes tipos de vinho. É possível ver aqui e ali cabelos brancos, roupas de grife, coletes da moda e um certo clima de paquera.
O endereço, na zona oeste de São Paulo, não costuma atrair os famosos novinhos e novinhas, como tantas outras casas noturnas da cidade. Instalado em uma construção de 200 metros quadrados dos anos 1940, o local reúne gente que busca um destino mais elegante, com música eclética e pessoas que já terminaram faz tempo seus cursos na faculdade.
Os sócios Marcelo Nazareth, Rafael Berçot —ambos também à frente dos bares Guilhotina e Carrasco—, Caio Tucunduva e Sérgio Barros queriam dar ao local uma cara de bar de hotel antigo, o que ajuda a atrair o público atual.
Inaugurado em março de 2020, poucos dias antes de a pandemia de Covid-19 se agravar no Brasil e forçar o fechamento de todos os estabelecimentos em São Paulo e outras cidades, o bar voltou a funcionar apenas em outubro do ano passado na capital.
Foi quando os frequentadores puderam de fato conhecer os três ambientes. Na entrada fica um espaço a céu aberto com sofá e bancos altos. Em seguida, encontra-se o balcão de drinques e a pista de dança. Seguindo para o fundo, após cruzar uma porta, chega-se a um espaço mais reservado, com bar privativo, mesas e sofás —área que só é aberta em dias mais cheios ou para eventos privativos.
Mas o café não fica só na decoração. Os grãos também aparecem e drinques. O destaque é o expresso martini, que custa R$ 40 e é feito com grãos frescos, cujo tipo, mais ácido ou mais doce, pode ser escolhido pelo cliente.
Outra atração que faz lembrar o lobby de um hotel é a cantora Francinne Misaka, que entoa clássicos de Elvis Presley a Madonna. Já os DJS misturam faixas que fizeram sucesso nos fins do século 20 a beats de house.