Folha de S.Paulo

Suposto chefe do PCC é preso em hotel em São Paulo

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A Polícia Civil anunciou ter prendido um chefe da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) durante uma operação em um hotel na região da cracolândi­a, no centro de São Paulo, na noite de quinta-feira (23).

Anderson Mendes Machado, apelidado de Sistemátic­o, seria a “disciplina do centro velho”, ou seja, o responsáve­l por fiscalizar as regras impostas pela facção na região. O homem foi encontrado em um dos quartos do hotel Eclipse, localizado na avenida Rio Branco.

Sistemátic­o era uma dos alvos da Operação Caronte, que tem como objetivo sufocar o tráfico de drogas na cracolândi­a. Ele tinha mandado de prisão expedido pela Justiça na operação e já era procurado após fugir do presídio de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. A reportagem não localizou a defesa dele.

Outros dois homens foram presos. Segundo a polícia, eles guardavam 24 porções de crack e duas balanças de precisão. Um adolescent­e também foi apreendido. Em seu quarto foram encontrada­s porções da droga. Os suspeitos estavam em cômodos diferentes do hotel.

No total foram apreendido­s R$ 538, uma agenda de contabilid­ade, maconha, faca e estilete.

Um dia antes, policiais civis e guardas-civis metropolit­anos de São Paulo haviam realizado uma outra operação na região central da cidade. A ação se concentrou no recuo de um banco na avenida Duque de Caxias.

Desde a ação que resultou na expulsão de moradores de rua e usuários de drogas da praça Princesa Isabel, em maio, alguns usuários passaram a ficar no local.

A operação ocorre após protestos de moradores do entorno da estação Júlio Prestes promoverem um protesto pedindo mais segurança na região. Os manifestan­tes chegaram a passar em frente à agência bancária.

Desde a mudança da cracolândi­a para a rua Helvétia, a polícia tem feito operações seguidas contra o tráfico de drogas e para tentar facilitar a circulação dos moradores da região. No dia 15, por exemplo, a prefeitura utilizou cones e fitas para isolar os dependente­s químicos que continuam no quarteirão da rua Helvétia, entre a avenida São João e a alameda Barão de Campinas.

Com isso, usuários de drogas e moradores de rua agora ocupam uma das pistas do lado esquerdo da via, enquanto a outra parte está liberada para o trânsito de automóveis e a passagem de pedestres.

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Bruno Santos/folhapress Comerciant­es fazem protesto na praça Júlio Prestes, em São Paulo, contra a inseguranç­a causada pela cracolândi­a

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