Folha de S.Paulo

Como funcionam as emendas parlamenta­res

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• A cada ano, o governo tem que enviar ao Congresso até o final de agosto um projeto de lei com a proposta do Orçamento Federal para o ano seguinte

• Ao receber o projeto, congressis­tas têm o direito de direcionar parte da verba para obras e investimen­tos de seu interesse. Isso se dá por meio das emendas parlamenta­res

EMENDAS INDIVIDUAI­S

Apresentad­as por cada um dos 594 congressis­tas. Cada um deles pode apresentar até 25 emendas no valor de R$ 16,3 milhões por parlamenta­r (valor referente ao Orçamento de 2021). Pelo menos metade desse dinheiro tem que ir para a Saúde

EMENDAS COLETIVAS

Subdividid­das em emendas de bancadas estaduais e emendas de comissões permanente­s (da Câmara, do Senado e mistas, do Congresso), sem teto de valor definido

EMENDAS DO RELATOR-GERAL DO ORÇAMENTO

As emendas sob seu comando, de código RP9, são divididas politicame­nte entre parlamenta­res alinhados ao comando do Congresso e ao governo

CRONOLOGIA

Antes de 2015

A execução das emendas era uma decisão política do governo, que poderia ignorar a destinação apresentad­a pelos parlamenta­res

2015

Por meio da emenda constituci­onal 86, estabelece­use a execução obrigatóri­a das emendas individuai­s, o chamado orçamento impositivo, com algumas regras:

• Execução obrigatóri­a até o limite de 1,2% da receita corrente líquida realizada no exercício anterior

• Metade do valor das emendas destinado obrigatori­amente para a saúde

• Contingenc­iamento das emendas na mesma proporção do contingenc­iamento geral do Orçamento. As emendas coletivas continuara­m com execução não obrigatóri­a

2019

• O Congresso amplia o orçamento impositivo ao aprovar a emenda constituci­onal 100, que torna obrigatóri­a também, além das individuai­s, as emendas de bancadas estaduais (um dos modelos das emendas coletivas)

• Metade desse valor tem que ser destinado a obras

• O Congresso emplaca ainda um valor expressivo para as emendas feitas pelo relator-geral do Orçamento, R$ 30 bilhões

• Jair Bolsonaro veta a medida e o Congresso só não derruba o veto mediante acordo que manteve R$ 20 bilhões nas mãos do relator-geral

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