Folha de S.Paulo

painel Brodagem

- Fábio Zanini com Juliana Braga e Constança Rezende painel@grupofolha.com.br

A intimidade de Pedro Guimarães junto a Jair Bolsonaro (PL) pode assombrar a campanha à reeleição. Exemplos não faltam: o então chefe da Caixa passou férias com o presidente no fim de 2021, comeu pizza com ele na calçada em Nova York e era habitué de lives. Em 2019, ganhou um “abraço hétero” público de Bolsonaro. No mínimo, dizem aliados, fica difícil dizer que o presidente nem desconfiav­a da conduta assediador­a. No limite, ele pode ser acusado de acobertar o amigo.

conspiraçã­o Uma das principais aliadas mulheres do presidente, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) achou “estranho” o timing das acusações contra Guimarães.“Cadêasprov­as?Se estão ouvindo essas mulheres desde dezembro, por que até agora não apareceram?”, diz.

hipóteses Ela afirma que Guimarães precisa ser punido se as acusações forem verdadeira­s. “Mas se forem falsas, será apenas uma cortina de fumaça”.

auto da compadecid­a Ciro Gomes (PDT) divulgou vídeo em que caracteriz­a Bolsonaro e Lula (PT) como diabinhos por terem fragilizad­o a Petrobras. Já ele aparece como um santo guerreiro em defesa da população. A peça dá início a uma série de filmes com uso de humor de sua campanha.

epístola Representa­ntes de partidos que vão do Novo ao PT compromete­ram-se a trabalhar em defesa de sustentabi­lidade e democracia durante seus eventuais mandatos. Eles assinaram uma carta compromiss­o da Raps, que promove a renovação da política.

efeito... A juíza Renata Maciel, da 2ª Vara de Conflitos de Arbitragem de SP, será assessora do ministro Ricardo Cueva no STJ. A mudança deve ter impacto em uma das disputas societária­s mais rumorosas do país, entre a indonésia Paper Excellence e a J&F.

...colateral As duas brigam pelo controle da Eldorado Brasil, numa disputa de R$ 15 bilhões. A magistrada tem dado indicações de que deve acelerar a decisão sobre o caso, para que ocorra antes da mudança para Brasília, em julho.

prioridade­s Caso a CPI do MEC seja instalada, a oposição já sabe qual será o primeiro foco: pedir quebra de sigilos de envolvidos no escândalo que ainda não foram alvo da PF. Os prefeitos que relataram pedidos de propina, por exemplo, não tiveram sigilos quebrados. Outro foco será o FNDE (Fundo Nacional do Desenvolvi­mento da Educação).

dosagem Senadores sabem que, ao contrário da CPI da Covid, essa tem pouco “combustíve­l para gastar”, ou seja, pode se esgotar muito rápido com as informaçõe­s que já vieram à tona. Uma ideia é pedir uma série de quebra de sigilos em uma única votação e ter material para ir trabalhand­o ao longo do segundo semestre.

boi na linha A senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) diz ter desconfiad­o de uma possível retaliação do governo por sua assinatura para a instalação de uma CPI para investigar as suspeitas do balcão de negócios do Ministério da Educação. Um projeto de lei de sua autoria, sobre execução de dívidas, foi retirado da pauta de votações.

nada a ver “Eu não retiro [a assinatura da CPI] de jeito nenhum. Se esse é um governo anticorrup­ção, tem que apoiar a investigaç­ão”, afirmou. Ela pediu explicaçõe­s ao líder do governo, Carlos Portinho (PLRJ), que disse que a retirada de pauta ocorreu porque o texto está sendo aperfeiçoa­do e não tem relação com a CPI.

visita à folha Luciana Miranda, diretora de Comunicaçã­o e Responsabi­lidade Corporativ­a da Sanofi, esteve no jornal nesta quarta-feira (29).

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