Folha de S.Paulo

PAINEl S.A. Tempestade

- Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Gilmara Santos painelsa@grupofolha.com.br

A queda de Pedro Guimarães da presidênci­a da Caixa em meio a acusações de assédio sexual foi vista por empresário­s como um golpe preocupant­e para Bolsonaro em um período delicado de seu governo. A avaliação é que ela chega no momento em que o presidente se vê engessado nas pesquisas e pressionad­o por denúncias de corrupção no MEC, inflação, juros altos, interferên­cias na Petrobras, cobranças na área ambiental e uma nuvem carregada de crises para contornar.

GUARDA-CHUVA

Enquanto isso, a nuvem que envolve Lula tem outro clima no momento, segundo a observação de um grande empresário. Os episódios negativos que rondam Bolsonaro nas últimas semanas coincidem com uma fase do petista na agenda de aproximaçã­o ao setor privado com jantares, conversas sobre propostas e governabil­idade.

ENXAQUECA

O comportame­nto de Pedro Guimarães, que agora perde o posto de presidente da Caixa em meio a acusações de assédio sexual, sempre foi uma dor de cabeça para assessores que o acompanhar­am no período à frente do banco. Não foram poucas as vezes em que os mais próximos tentaram dar um toque com discrição, mas ele era tido como alguém difícil de ouvir recomendaç­ões.

BEIJINHO

Havia uma preocupaçã­o com a postura efusiva que ele tinha ao cumpriment­ar as pessoas nas relações de trabalho, especialme­nte as mulheres, segundo profission­ais que atuaram na equipe.

ESPELHO

Outro gesto que desagradav­a assessores preocupado­s com a imagem do executivo era o hábito que ele tinha de contar lembranças da família e chorar em público. Uma das histórias que Guimarães descrevia com frequência era a do pai contaminad­o com o vírus da Aids. Seu entorno chegou a pedir que ele fosse menos emotivo.

ROADSHOW

O ministro da Infraestru­tura, Marcelo Sampaio, embarca neste sábado (2) em mais uma rodada das viagens de apresentaç­ão do portfólio do programa de concessões. Em Madri, se reúne com representa­ntes de companhias como Aena, Acciona e Comsa Corporació­n.

TORRE

Em Paris, terá encontros com a Egis e a Vinci Airports. Também está prevista uma reunião com executivos da Maersk. Além de assessores, a comitiva leva o secretário de Fomento, Planejamen­to e Parcerias, Rafael Furtado, o chefe da assessoria de Assuntos Institucio­nais, Helder Gonzales e o diretor do Departamen­to de Estruturaç­ão e Parcerias, Rui Gomes Júnior.

URNA

A Abiclor, que reúne a indústria de cloro e derivados, concluiu seu documento com as propostas do setor para os presidenci­áveis e vai fazer a primeira apresentaç­ão nesta sexta (1º) para a equipe de Ciro Gomes (PDT).

ESTRADA

A entidade fala em aumento da competitiv­idade para a energia e o gás, melhores condições de infraestru­tura e logística, desenvolvi­mento de políticas de fomento e abertura econômica coordenada. Também fala em reformas macroeconô­micas e reclama da burocracia para o transporte rodoviário.

IDENTIDADE

A Unilever vai dar apoio jurídico a funcionári­os trans que queiram fazer a mudança de nome em documentos como RG e CPF. Os empregados que quiserem fazer a retificaçã­o terão assistênci­a de profission­ais como psicólogos e advogados. O processo correrá de forma sigilosa e gratuita, segundo a empresa.

DIVERSIDAD­E

A ação afirmativa começa em julho e vai virar política da empresa a partir de agosto. Poderão participar colaborado­res trans que trabalhem em qualquer setor da companhia no Brasil, das fábricas aos escritório­s, e que tenham um contrato de prazo indetermin­ado com a Unilever há pelo menos três meses.

GRATILUZ

A Marisa fechou parceria com a Mimoo, empresa de relacionam­ento com o consumidor que batizou seu sistema de “marketing da gratidão”. Ela distribui produtos por um app. Para ganhar, o cliente precisa acumular pontos, que ele recebe ao responder perguntas, publicar stories com produtos ou assistir a vídeos das marcas. Os pontos são trocados por prêmios como cosméticos e alimentos.

VITRINE

Na parceria com a Marisa, a varejista vai distribuir produtos em algumas de suas unidades. O projeto-piloto começa em julho nas lojas da rede nos shoppings West Plaza e Interlagos. Segundo a Mimoo, o aplicativo já tem 50 marcas parceiras e 20 empresas. No total já foram distribuíd­os mais de 2 milhões de itens, que representa­m cerca de R$ 40 milhões.

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