CASOS DE FAMÍLIA
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) vai julgar um recurso apresentado pela família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em ação movida contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O filho do presidente da República foi acionado depois de ter compartilhado uma notícia falsa sobre a ex-primeira-dama Marisa Letícia.
BOCA ABERTA Em publicação nas redes sociais, Eduardo afirmou que Marisa Letícia tinha R$ 256 milhões em investimentos financeiros. A informação não era verdadeira. Segundo a defesa dos herdeiros, a quantia correspondia a R$ 26 mil.
RUÍDO O boato surgiu depois que um juiz confundiu valores que Marisa tinha aplicados em CDBs com os de debêntures de outra natureza. O magistrado questionou a defesa e, antes mesmo do esclarecimento, a cifra errada passou a ser divulgada por bolsonaristas.
INSISTO A família de Lula perdeu em primeira instância e teve recurso negado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, mas recorreu ao STJ —que mandou processar o recurso.
COM CALMA “Em face das circunstâncias que envolvem a controvérsia e para melhor exame do objeto do recurso, [...] dou provimento ao presente agravo para determinar a sua conversão em recurso especial”, afirma o ministro Luis Felipe Salomão. A expectativa é que o caso seja apreciado em agosto deste ano, após o recesso do Judiciário.
CUMPRA-SE O Tribunal de Justiça do RJ condenou, nesta quarta (29), o MBL (Movimento Brasil Livre) a pagar R$ 50 mil ao humorista e colunista da Folha Gregorio Duvivier por danos morais. Duvivier contestou uma postagem feita pelo grupo que associava seu nome a supostas irregularidades na utilização de recursos da Lei Rouanet.
DESAFETO Na publicação, o MBL fez uma montagem com as fotos de Gregorio Duvivier, do ator Wagner Moura e do cantor Tico Santa Cruz com a frase: “Chega de Lei Rouanet. Acabou a mamata”. Para a defesa do humorista , Duvivier foi alvo de uma exposição vexatória. Já o MBL disse que o post traz a imagem do humorista “sem a sua individualização, apenas por se tratar de uma figura pública e passível de críticas, para questionar a utilização de recursos públicos para obras privadas”.
CONSEQUÊNCIAS Um grupo de seis entidades ligadas à Caixa Econômica Federal elaborou nesta quarta-feira (29) uma nota pedindo que o ex-presidente da instituição Pedro Guimarães seja alvo de uma apuração administrativa e penal rigorosa após a revelação de denúncias de assédio sexual.
EFEITO DOMINÓ As entidades Aneac, AudiCaixa, Advocef, Fenag, Fenae e SocialCaixa também parabenizam as funcionárias que fizeram as acusações, a quem chamam de “corajosas mulheres”, e se colocam à disposição para auxiliá-las. O caso foi revelado na terça-feira (28) pelo portal Metrópoles. Pedro Guimarães deixou o cargo nesta quarta-feira.
MEMÓRIA O jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira, assassinados na Amazônia, serão homenageados em uma celebração na Igreja São Domingos, na sexta-feira (1º), em São Paulo. O ex-ministro da Justiça José Gregori, o monge budista Ryozan Sensei, o ator Celso Frateschi e o povo indígena Pankararu Guarani do Pico do Jaraguá devem participar da cerimônia, prevista para as 19h.
MEGAFONE A exposição do caso da atriz Klara Castanho no final de semana fez com que a opinião pública não militante superasse o embate entre esquerda e direita nas redes e protagonizasse as manifestações virtuais sobre o tema. Sozinho, o segmento respondeu por mais de 75% das publicações sobre a artista.
MÃOS DADAS Castanho revelou que foi vítima de um estupro, ficou grávida e entregou a criança para a adoção após o nascimento. De todas menções feitas até segundafeira (27), 95% manifestavam apoio à artista. A direita respondeu por 1,69% das publicações sobre a atriz —99% delas críticas à violência sofrida e à exposição de sua história.
BOLHA Apenas 1% dos conservadores criticaram a entrega do bebê para a adoção, sugerindo que Castanho deveria criar o filho gerado a partir de um estupro. Já a esquerda foi responsável por 1,91% das postagens sobre o caso.
RETORNO Após uma temporada de sucesso em maio, em São Paulo, a peça “O que Meu Corpo Nu te Conta?”, do Coletivo Impermanente, voltará aos palcos da capital paulista. Com direção de Marcelo Varzea, o espetáculo ficará em cartaz de 3 a 13 de agosto, na Oficina Cultural Oswald de Andrade. A entrada será gratuita.