Flip faz proposta inédita a editoras para vender livros em praça aberta
A Festa Literária Internacional de Paraty traça, para sua volta ao presencial de 23 a 27 de novembro, uma novidade com potencial de mudar a experiência do evento. A equipe está convidando editoras para montar tendas numa praça aberta e vender seus livros direto aos leitores.
A ideia é atrair iniciativas independentes que não têm recursos para ocupar uma casa com programação própria, mas que ainda querem ter um lugar ao sol neste que é um dos momentos mais aquecidos do mercado. Ainda assim, deve haver uma contribuição mínima para participar, que segundo a organização será de R$ 2.500, num modelo que ajuda a aliviar as finanças do festival.
Quem costuma frequentar a festa lembra as aglomerações que se produziam na Livraria da Travessa erguida no centro da cidade, antes o único canal de vendas oficial para comprar livros na Flip. Agora o comércio deve ser pulverizado num espaço sediado no areal do Pontal, do lado oposto do rio.
Rui Campos, dono da Travessa, afirma que a grande livraria feita em parceria com a Flip deve seguir em frente, ainda que nada esteja selado por ora. “Não vamos ser o problema. E falei que, se tiver esse outro esquema, nós queremos participar também.”
Em junho, a Feira do Livro inaugurada em São Paulo, na praça Charles Miller, despontou como uma nova oportunidade comercial para o mercado de livros, com editoras erguendo tendas próprias para vender seu peixe direto aos leitores em junho, perto da época em que a Flip tradicionalmente acontecia.
AQUI TÁ QUENTE
A Harpercollins traz para cá em novembro o primeiro livro policial do cineasta americano Michael Mann, “Heat 2”, coescrito por Meg Gardiner, continuação do sucesso de 1995 que foi traduzido por aqui como “Fogo Contra Fogo”.
GATSBY VIVE
A Intrínseca publica este mês a estreia do argentino Hernan Diaz no Brasil, com o romance “Confiança”, sobre um casal nova-iorquino que acumula um inacreditável poder financeiro em meio aos loucos anos 1920. O escritor radicado nos Estados Unidos foi finalista do Pulitzer por seu livro anterior, “In the Distance”.