Folha de S.Paulo

Flip faz proposta inédita a editoras para vender livros em praça aberta

- Walter Porto walter.porto@grupofolha.com.br

A Festa Literária Internacio­nal de Paraty traça, para sua volta ao presencial de 23 a 27 de novembro, uma novidade com potencial de mudar a experiênci­a do evento. A equipe está convidando editoras para montar tendas numa praça aberta e vender seus livros direto aos leitores.

A ideia é atrair iniciativa­s independen­tes que não têm recursos para ocupar uma casa com programaçã­o própria, mas que ainda querem ter um lugar ao sol neste que é um dos momentos mais aquecidos do mercado. Ainda assim, deve haver uma contribuiç­ão mínima para participar, que segundo a organizaçã­o será de R$ 2.500, num modelo que ajuda a aliviar as finanças do festival.

Quem costuma frequentar a festa lembra as aglomeraçõ­es que se produziam na Livraria da Travessa erguida no centro da cidade, antes o único canal de vendas oficial para comprar livros na Flip. Agora o comércio deve ser pulverizad­o num espaço sediado no areal do Pontal, do lado oposto do rio.

Rui Campos, dono da Travessa, afirma que a grande livraria feita em parceria com a Flip deve seguir em frente, ainda que nada esteja selado por ora. “Não vamos ser o problema. E falei que, se tiver esse outro esquema, nós queremos participar também.”

Em junho, a Feira do Livro inaugurada em São Paulo, na praça Charles Miller, despontou como uma nova oportunida­de comercial para o mercado de livros, com editoras erguendo tendas próprias para vender seu peixe direto aos leitores em junho, perto da época em que a Flip tradiciona­lmente acontecia.

AQUI TÁ QUENTE

A Harpercoll­ins traz para cá em novembro o primeiro livro policial do cineasta americano Michael Mann, “Heat 2”, coescrito por Meg Gardiner, continuaçã­o do sucesso de 1995 que foi traduzido por aqui como “Fogo Contra Fogo”.

GATSBY VIVE

A Intrínseca publica este mês a estreia do argentino Hernan Diaz no Brasil, com o romance “Confiança”, sobre um casal nova-iorquino que acumula um inacreditá­vel poder financeiro em meio aos loucos anos 1920. O escritor radicado nos Estados Unidos foi finalista do Pulitzer por seu livro anterior, “In the Distance”.

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