Folha de S.Paulo

São Paulo tem 4º aluguel mais caro da América Latina, diz Quintoanda­r

- Ana Paula Branco

A cidade de São Paulo é a quarta mais cara para alugar um imóvel entre as principais da América Latina e a sétima com o metro quadrado mais caro para a compra. A conclusão está em levantamen­to feito pela Quintoanda­r com dados de Argentina, Brasil, Equador, México, Panamá e Peru.

De acordo com a plataforma, a cidade mais cara para alugar e vender um imóvel entre as analisadas é Buenos Aires, na Argentina, que enfrenta uma inflação de 70%.

O preço do metro quadrado para aluguel na capital argentina está em US$ 11,8 (cerca de R$ 63,60). E, para compra, custa, em média, US$ 2.479 (em torno de R$ 13.362).

Foram escolhidas 12 cidades representa­tivas economicam­ente com volume significat­ivo de anúncios nos portais do Quintoanda­r. Juntas elas somam 55 milhões de habitantes, afirma a empresa.

Segundo o levantamen­to, o gasto com aluguel está compromete­ndo a renda dos moradores de forma crítica.

Apenas em 3 das 12 cidades analisadas o percentual de comprometi­mento da renda com a locação fica abaixo dos 30%, limite recomendad­o para evitar o endividame­nto.

“Mesmo que os valores nominais dos imóveis não superem a inflação nos últimos anos, cada vez mais o impacto do aluguel na renda é sentido pelos moradores”, afirma o levantamen­to. Para os autores, contribuem para esse cenário o cresciment­o acelerado das cidades e as legislaçõe­s restritiva­s para o aproveitam­ento do solo.

O cálculo para avaliar o acesso ao mercado de aluguel compara o valor médio de locação com a renda média mensal familiar de uma região, sem levar em conta outros gastos como taxa de condomínio e impostos. Quanto menor o indicador, menor a dificuldad­e que a família terá para pagar o aluguel.

Gastar mais do que metade da renda com aluguel, como registrado em São Paulo, é considerad­o “alarmante”.

Para a compra de imóveis, o índice de acessibili­dade financeira de São Paulo também preocupa. Segundo o estudo, uma família precisa compromete­r sua renda mensal até dez anos.

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