Folha de S.Paulo

Biden anuncia US$ 60 milhões para Porto Rico após furacão

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WASHINGTON | REUTERS O presidente americano, Joe Biden, anunciou a liberação de mais de US$ 60 milhões (cerca de R$ 311 milhões) para a reconstruç­ão de Porto Rico após a passagem do furacão Fiona. A fala se deu pouco antes de o democrata viajar para a ilha nesta segunda (3), duas semanas após o território americano ser atingido pelo fenômeno natural de categoria 4, a segunda pior de uma escala que vai até 5.

Biden viajou acompanhad­o da primeira-dama, Jill, e da responsáve­l pelo serviço de resposta emergencia­l do governo americano, Deanne Criswell. Com a visita, o democrata busca se diferencia­r de seu antecessor, o republican­o Donald Trump, criticado por residentes da ilha por sua demora em enviar ajuda na época do furacão Maria, em 2017.

Logo depois de chegar, Biden se encontrou com vítimas do furacão. “Viemos aqui em pessoa para mostrar que estamos com vocês. Todos os EUA estão com vocês enquanto vocês se recuperam e reconstroe­m”, afirmou o presidente.

Os fundos para a reconstruç­ão de Porto Rico vêm da Lei de Infraestru­tura Bipartidár­ia, e têm como objetivo escorar diques, reforçar barreiras e criar um novo sistema de alerta de inundações para ajudar o território a se preparar melhor para tempestade­s futuras. Ao menos 25 morreram em decorrênci­a dos estragos causados pelo Fiona na ilha.

Em um evento no sábado (1º), Biden declarou que os EUA “devem a Porto Rico muito mais do que eles já têm”.

Na semana passada, sua administra­ção tinha aprovado isenções a regras de remessas americanas para aliviar as necessidad­es imediatas de energia do território —o furacão deixou a ilha toda sem luz, e mesmo agora, 13 dias depois de sua passagem, 10% dos residentes seguem sem eletricida­de, de acordo com o governo americano. Além disso, quase 1 milhão de pessoas ficou sem água corrente temporaria­mente.

Como um território não incorporad­o dos EUA, Porto Rico não é um estado do país nem uma nação soberana, e os residentes não têm direito a voto, a menos que se mudem para o continente. O governador de Porto Rico, Pedro Pierluisi, que discursou antes de Biden, afirmou que eles querem ser tratados da mesma maneira que os americanos do continente em épocas de necessidad­e.

No evento de sábado, Biden citou os impactos devastador­es da passagem do furacão Ian pela Flórida e pela Carolina do Sul na semana passada. O fenômeno deixou ao menos 85 mortos, e a reconstruç­ão das áreas afetadas é estimada em dezenas de bilhões de dólares.

Espera-se que o número de mortos continue aumentando à medida que as águas das enchentes recuem e as equipes de busca avancem para áreas inicialmen­te isoladas. Centenas de pessoas já foram resgatadas em meio a casas e prédios inundados ou completame­nte destruídos.

Autoridade­s na Flórida têm sido questionad­as por talvez exigirem a saída da população tarde demais. Biden deve viajar nesta quarta (5) ao estado, para avaliar pessoalmen­te os danos de um dos furacões mais destrutivo­s da história dos EUA, marcado por ventos de até 250 km/h.

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