Michelle vai a ato de apoio a Marinho e faz chamada com Bolsonaro
BRASÍLIA A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro participou do jantar de boas-vindas oferecido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, aos novos parlamentares da sigla nesta segunda (30). O ato foi também um evento de apoio ao senador eleito Rogério Marinho (PL-RN), candidato à presidência do Senado.
No encontro, Michelle fez uma chamada de vídeo com o marido, que está nos Estados Unidos. Segundo participantes, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) elogiou a candidatura de Marinho e quis motivar os deputados e senadores eleitos.
“[Bolsonaro] falou que realmente o Marinho é um cara excepcional, vai fazer pelo Brasil. [Disse] que a gente tem chance agora de reequilibrar os Poderes”, contou o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG).
O parlamentar de MG criticou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e disse que não pôde fazer campanha por Marinho como queria. Ferreira teve as redes sociais suspensas por Moraes após incentivar atos antidemocráticos.
Na ligação, ainda segundo relatos, Marinho disse aguardar Bolsonaro em breve e que o ex-presidente estava presente em espírito. Bolsonaro não respondeu quando retorna ao Brasil.
“[Marinho] falou [a Bolsonaro]: ‘Estamos te esperando, presidente’. Ele não respondeu. Falou [que] ‘agora é apoiar vocês. Vamos ganhar a eleição [para o Senado]’”, contou o senador Wellington Fagundes (PL-MT).
Segundo pessoas que viram a chamada, Bolsonaro chamou Michelle de “minha paixão” e disse que ela era a pessoa mais importante da reunião. Já ela afirmou estar com saudade.
Na chegada ao jantar, Michelle disse que o ex-presidente “está descansando”. Ele está na Flórida desde a véspera da posse de seu sucessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na saída, ela não quis dar detalhes sobre a chamada de vídeo. “Ele falou que me ama”, brincou, ao ser questionada sobre a conversa.
Valdemar, segundo relatos, também brincou que a ex-primeira-dama será candidata à Presidência da República nas próximas eleições. Michelle, disseram, apenas sorriu.
Na chegada ao jantar, Marinho afirmou à imprensa que teria condições de vencer seu principal oponente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se a eleição no Senado fosse nesta segunda. O candidato disse que tem boa relação com muitos senadores com quem conviveu quando foi deputado federal e ministro.
“Temos tido uma vantagem. Eu acredito que mais de 30 senadores foram deputados federais conosco nos últimos 12 anos. E o fato de eu ter sido ministro também me deu uma convivência muito grande dentro do parlamento. Isso tem facilitado a nossa conversa”, disse.
Marinho afirmou ainda que ele e o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que também é candidato à presidência do Senado, estarão juntos em um eventual segundo turno. Para vencer a disputa, é preciso obter 41 votos em primeiro ou segundo turno.