Mortes em ataque no Paquistão sobem a 100
peshawar|reuterse afp O número de mortos do atentado a uma mesquita em Peshawar, no Paquistão, subiu para cem nesta terça (31), um dia após o incidente. Destes, 97 eram policiais —o local sagrado ficava em um complexo que abriga vários prédios oficiais, incluindo as sedes da forças de segurança, e a explosão aconteceu quando os agentes faziam as orações do meio-dia, tradicionais para os muçulmanos.
Há, ainda, 221 feridos. Até agora, nenhuma organização reivindicou a autoria do ataque, supostamente realizado por um homem-bomba. O delegado de Peshawar, Muhammad Ijaz Khan, afirmou, porém, que o incidente foi uma represália de grupos islâmicos armados contra a polícia. “Estamos na linha de frente, e por isso servimos de alvo”, disse ele.
Investigações apontam que o suspeito entrou na mesquita com entre 10 e 12 quilos de pequenos explosivos. As autoridades afirmam não saber como ele conseguiu ultrapassar os postos de controle no trajeto que fez até o distrito policial dentro do complexo. O local servia de lar para agentes de baixo e médio escalão e suas famílias, e a mesquita havia sido construída para permitir que eles rezassem sem deixar a área.
O suposto terrorista disparou as bombas no momento em que os cerca de 300 a 400 homens reunidos se preparavam para rezar. O choque da explosão levou parte do edifício a colapsar, soterrando muitos dos presentes. Equipes continuaram a vasculhar os escombros em busca de corpos ao longo desta terça-feira, embora pela manhã já não houvesse expectativa de encontrar sobreviventes.
Dezenas de policiais que morreram no atentado foram enterrados em cerimônias solenes, com seus caixões cobertos pela bandeira do Paquistão. A polícia disse suspeitar que um grupo ligado ao Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), conhecido como Talibã Paquistanês, esteja por trás do atentado.