Flávio Bolsonaro afirma não ver crime em reunião golpista
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que não vê crime na reunião entre seu pai, Jair Bolsonaro (PL), seu colega, Marcos do Val (Podemos-es), e o ex-deputado preso, Daniel Silveira, na qual teria sido abordado um plano para realizar um grampo ilegal contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Flávio afirmou que o caso precisa ser esclarecido, mas disse não ver crime.
“Ele [Do Val] já havia me relatado o que tinha acontecido, que isso iria ser trazido a público. Contudo, numa linha de que essa reunião que aconteceu seria uma tentativa de um parlamentar [Silveira] de demover as pessoas que estavam [na] reunião de fazer algo absolutamente inaceitável, absurdo e ilegal. Então o que eu peço aqui é que todos os esclarecimentos sejam feitos”, afirmou.
“E eu não digo nem abertura de inquérito, porque a situação que foi narrada não configura nenhuma espécie de crime. Mas que todos os esclarecimentos sejam feitos para que não fiquem narrativas em cima de narrativas no intuito de superar os fatos. Fato é que, no dia 31 de dezembro, o presidente Bolsonaro deixou a Presidência.”
Mas tarde, Flávio emitiu uma nota dizendo que seu pai é um defensor da lei e que sempre jogou dentro dos limites da Constituição.
“Nunca houve qualquer tentativa de golpe”, diz o texto. “Seu mandato presidencial se pautou pelo estrito respeito à legislação e às instituições, mesmo quando setores da mídia tentaram induzir o público a uma imagem diferente [...].”
Já Do Val disse que, após a revelação do caso e sua divulgação de que sairia da política, recebeu diversas ligações de outros parlamentares pedindo para que ele não renunciasse o seu mandato, inclusive do filho do ex-presidente —que o teria convidado para seu partido.