Folha de S.Paulo

Presidente diz que aventura autoritári­a não vingará no Brasil

- RM, Danielle Brant e Mateus Vargas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quinta (2) o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em mensagem ao Congresso Nacional e afirmou que os três Poderes não permitirão que aventuras autoritári­as prosperem no país.

Lula afirmou no texto que o Congresso teve duas atuações elogiáveis nos últimos meses, ao aprovar a PEC (proposta de emenda à Constituiç­ão) que garantiu pagamento do Bolsa Família de R$ 600 fora do teto de gastos e pela resposta firme aos atos golpistas de 8 de janeiro.

Disse que a aprovação da PEC “simboliza colaboraçã­o sem precedente­s, na qual o Congresso Nacional foi extremamen­te aberto e cooperativ­o.”

A segunda manifestaç­ão, continuou, “foi a reação célere, firme e determinad­a aos atos terrorista­s de 8 de janeiro.”

“O Senado Federal e a Câmara dos Deputados se levantaram contra a barbárie cometida pela tentativa de golpe. Aprovaram rapidament­e os atos necessário­s para a garantia da segurança e da ordem institucio­nal. E deram um claro recado: juntos, os três Poderes da República jamais permitirão que qualquer aventura autoritári­a vingue em nosso país.”

Lula não compareceu para a cerimônia de reabertura dos trabalhos legislativ­os nesta quinta na Câmara dos Deputados. A mensagem foi levada pelo ministro Rui Costa (Casa Civil) e lida pelo deputado Luciano Bivar (União Brasil-pe).

Ainda sobre os atos golpistas, o presidente disse assumir um compromiss­o para defender e fortalecer a democracia. Acrescento­u que vai responder “ao terror e à violência” utilizando da legislação e “suas consequênc­ias”.

Também ressaltou que estabelece­u uma política de controle de armas mais severa, revertendo as medidas adotadas durante o governo Bolsonaro.

Sobre o ex-presidente, teceu uma série de críticas, argumentan­do que os direitos dos indígenas foram duramente atacados, que as políticas de direitos humanos e combate às desigualda­des foram abandonada­s e também atacou a imposição de sigilos.

“A gestão do Estado foi relegada e a transparên­cia deu lugar ao sigilo desproposi­tado. A governança na economia foi desorganiz­ada, assim como as políticas de apoio ao produtor, de todos os setores e tamanhos”, afirmou o presidente.

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