Cadeiras laterais dão visão única dos músicos em ação
A Casa Natura é feita sob medida para receber shows de médio porte. O público de até 710 pessoas consegue ver bem as apresentações de qualquer lugar da pista, com fácil circulação entre os espaços e os bares, o que ajuda a não gerar aglomerações perto do palco.
Sendo assim, o mezanino, que reúne a área VIP e os camarotes, acabam sendo uma opção para quem quer ainda mais conforto. Isso porque essas áreas têm mesas e cadeiras, além de bar e banheiro próprios, com filas menores.
A estrutura rodeia a pista, acima da plateia, então, além dos artistas, é possível ver em ângulo privilegiado a reação do público às canções. Quem prefere assistir ao show de pé também tem essa opção, já que as mesas e cadeiras ficam em um nível abaixo.
Um ponto forte do setor são as paredes de vidro que separam o mezanino do vão para a pista. Se para quem fica na frente pode representar um empecilho, uma espécie de filtro que impede a visão direta do palco, elas também evitam alguma obstrução que estruturas de ferro ou madeira poderiam representar. Quem está mais atrás, olhando para baixo, tem a visão limpa.
Mas o que torna a área VIP da Casa Natura ganhadora desta categoria são os camarotes. O mezanino tem formato de “U”, e esse setor mais exclusivo fica nas extremidades da ferradura, praticamente colado no palco.
Mais do que um espaço que se sobressai por um tratamento exclusivo ou privilegiado, os camarotes se destacam porque oferecem uma visão única dos músicos em ação, nas laterais da região em que eles se apresentam.
Assim, é possível ver com detalhes os dedos de um pianista se espalhando pelas teclas, os acordes e solos em uma guitarra e até o teleprompter exibindo as letras para os cantores. Dá para espiar os artistas atrás das cortinas, se preparando para subir ao palco ou saindo dele.
Até a comunicação entre os integrantes fica evidente para quem está nos camarotes —do jogo de olhares às deixas em uma sessão de improviso. É quase como ser uma mosca sobrevoando uma das laterais do palco, enquanto os músicos estão preocupados em entreter a plateia à sua frente.
O ponto baixo é a distribuição dos assentos, em formato de arquibancada. Isso porque a diferença de altura entre as fileiras é pequena, e quem está mais à frente não só enxerga substancialmente melhor como obstrui parte da visão de quem está mais atrás. Um detalhe que atrapalha, mas não anula a experiência singular que é ver um show com a sensação de estar praticamente de dentro do palco.