Serviço funciona e ainda há maquiagem e cremes à disposição
A experiência de uma noite na Casa Natura Musical começa logo na entrada, com o cheiro que prevalece no primeiro andar: o das pessoas que acabaram de sair do banheiro após besuntar as mãos em perfumados cremes e sabonetes da marca.
Mais do que um espaço de shows, o local é um ponto de divulgação da empresa. E isso vai além da lembrança constante de uma identidade visual consolidada ou da programação, que inclui artistas selecionados em editais de apoio da Natura Musical, braço de fomento da companhia.
Logo ao lado dos banheiros, um estande com espelho expõe e disponibiliza para uso produtos como batons, sombras e máscaras de cílios. Dependendo do dia, dá até para pegar alguma dica de maquiagem com profissionais.
Mas o conforto não se resume a isso. Chapelaria e pontos com carregadores de celular também estão localizados no primeiro piso, além de bebedouros —o estabelecimento diz operar com a política de zero plástico, com copos de papel biodegradável e água servida em lata, e o refil ajuda a diminuir o descarte de lixo.
Tudo é simples de ser feito no espaço, eleito como o mais confortável de São Paulo em sua faixa de capacidade. Mesmo em eventos com ingressos esgotados, quando o público chega a 710 pessoas, a casa de shows não fica abarrotada de gente, o que deixa tudo mais ágil.
Há um bar maior, no piso principal e outro no mezanino. No primeiro, situado do lado oposto ao do palco, é possível continuar assistindo ao show enquanto é feito o atendimento, que não costuma levar o tempo de uma música inteira. Nos três andares, há banheiros limpos e que têm trocadores para crianças.
Aos fumantes, está reservado um ambiente com saída à direita do palco. A área, ampla e agradável, é a varanda na entrada da casa e permanece aberta depois que os shows começam, para que o público possa se sentar nos degraus e ir embora por lá mesmo, cortando caminho.
A circulação entre todos os espaços é tranquila e faz com que os frequentadores consigam facilmente alcançar um bom ponto para assistir às apresentações —mesmo nos fundos, a visão de palco é boa. No espaço, localizado em Pinheiros, tudo costuma funcionar para que a única preocupação seja a música.
Chegar ao Espaço Unimed já é fácil. Eleito na categoria de transporte (pág. 12), ele fica próximo a uma estação de metrô, colado num ponto de ônibus e oferece estacionamento em dias de show.
Mas é do lado de dentro que o estabelecimento justifica os motivos para estar na lista de casas de shows mais importantes da cidade.
Logo na entrada, um grande hall antecipa a distribuição do público para os setores.
Há um salão de 3.450 metros quadrados, que pode ser adaptado para formatos de shows em pé e em mesas, um mezanino à esquerda —com parte da visão prejudicada por pilastras, aliás— e os camarotes nos fundos.
A circulação entre esses ambientes e os destinados ao consumo é bem sinalizada e acontece sem grandes problemas. Há muitos banheiros, além de bares e caixas bem localizados e em número suficiente, com fluxo que agiliza a compra e o pedido.
Mas, apesar de preparadas com capricho, as comidas e as bebidas não fazem exatamente os olhos brilharem. É principalmente a organização que deixa em destaque o Espaço Unimed quando o assunto é conforto.
Durante as apresentações, a casa, que comporta até 8.000 pessoas, transmite o que ocorre no palco em cinco telões. A pista tem uma flexibilidade de uso que permite que um show aconteça para as pessoas que estão em pé na frente do palco e para as sentadas às mesas no fundo. Isso ajuda a atrair um público mais variado, com diferentes valores de ingresso.
Para os fumantes, há apenas uma área que atende a todos os setores, mas que é grande e dá conta do recado.
Quando a apresentação acaba, a saída não costuma ser um problema. Dezenas de táxis e carros de aplicativo passam pela porta, apesar do trânsito típico de fim de evento.